Covid-19: Reino Unido corre risco de escassez de produtos frescos no Natal - TVI

Covid-19: Reino Unido corre risco de escassez de produtos frescos no Natal

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  • DA/atualizada 18:42
  • 21 dez 2020, 16:23
Camião

As lojas britânicas armazenaram muitos produtos - temendo o efeito do Brexit, cuja fase de transição termina no dia 31 – o que deve “evitar problemas imediatos”

O Reino Unido pode enfrentar uma escassez de produtos frescos, como frutas e legumes, nas festas de fim de ano, devido ao encerramento de fronteiras após a descoberta no território de uma nova variante do novo coronavírus.

As lojas britânicas armazenaram muitos produtos - temendo o efeito do Brexit, cuja fase de transição termina no dia 31 – o que deve “evitar problemas imediatos”, disse esta segunda-feira Andrew Opie, do Consórcio do Comércio Britânico.

No entanto o responsável admite riscos de escassez perante um prolongamento da situação.

A rede de supermercados Sainsbury's, uma das principais no Reino Unido, também foi tranquilizadora, explicando num comunicado que “todos os produtos para o tradicional almoço de Natal já estão no país e em grande quantidade”.

Nós comprámos o máximo possível do Reino Unido e estamos a ponderar modos alternativos de transporte para produtos vindos da Europa”, acrescenta o comunicado.

A Sainsbury's alerta, porém, que, se a situação continuar, surgirão problemas com o abastecimento de produtos perecíveis como “alface, couve-flor, brócolos e frutas cítricas, todos importados do continente nesta época do ano”.

Ian Wright, diretor administrativo da Federação de Alimentação e Bebidas britânica, é um pouco mais pessimista e diz que a suspensão da chegada de contentores oriundos do continente europeu “tem o potencial de causar interrupção no fornecimento de produtos frescos para o Natal”.

O encerramento das fronteiras do Reino Unido - provocado pela descoberta de uma nova variante particularmente contagiosa do novo coronavírus – está a causar o caos no porto de Dover, que já estava sobrelotado há várias semanas porque as empresas já estavam a armazenar produtos, a pensar no fim do período de transição do Brexit, em 31 deste mês.

As lojas e os negócios em geral tentaram abastecer-se antes do final do ano, temendo que, em caso de "não acordo", as formalidades administrativas levassem a enormes congestionamentos e atrasos nas entregas.

Cerca de 10.000 camiões passam diariamente pelo canal da Mancha durante os períodos de pico de procura antes do Natal, de acordo com profissionais do setor.

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O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, garantiu esta segunda-feira que as cadeias de abastecimento alimentar são "fortes e robustas", minimizando um eventual impacto das restrições impostas por vários países, incluindo a França, por causa da nova variante de coronavírus.

Os atrasos afetam apenas uma proporção muito pequena de alimentos que entram no Reino Unido e, como disseram as cadeias de supermercados, as cadeias de abastecimento são fortes e robustas", disse Johnson numa conferência de imprensa. 

O chefe do governo britânico disse também que discutiu a situação com o Presidente francês, Emmanuel Macron, e que pretende querer "resolver a situação nas próximas horas”.

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