Depois de uma passagem de ano diferente, onde famílias e amigos foram separados pela pandemia, há um lugar no planeta onde celebrar com dezenas de pessoas ainda é possível.
O maior festival de música da Nova Zelândia acolheu de 29 a 31 de dezembro cerca de vinte mil pessoas num cenário onde o uso de máscaras e a distância social não foram necessários.
A 18.ª edição do Rhytm and Vines teve em cabeça de cartaz nomes como Fat Freddy’s Drop, Broods, The Beths e Netsky.
A festa não foi única no país. Em Mangawhai, a uma hora da cidade de Auckland, cerca de dez mil pessoas juntaram-se no festival Northern Bass para festejar o fim de um ano diferente em todo o mundo, mas que terminou com uma certa normalidade para os neozelandeses.
Também na Austrália, após um controlo bem sucedido da pandemia, a população pôde regressar aos espectáculos com milhares de festivaleiros.
O evento Castaway, na cidade de Perth, foi realizado no dia oito de dezembro e aglomerou mais de dez mil pessoas para conforto dos artistas que elogiaram o trabalho das autoridades para fazer face à pandemia de covid-19 no país.
Agradeço a todos os que contribuíram para que este tipo de festivais pudesse voltar a acontecer depois de duas semanas de quarentena”, afirmou na rede social Twitter o artista de música eletrónica What So Not, no encerramento do festival Castaway (naufrago, em português).
9 months of planning, 2 weeks quarantine (to get into a COVID free state on the West Coast of Australia) & I just got to close out a 10,000 person festival. pic.twitter.com/YNO4s1wrEi
— WHAT SO NOT (@WhatSoNot) December 8, 2020
A resposta da Austrália e da Nova Zelândia contra a covid-19 foi drasticamente diferente daquela dada pelos Estados Unidos. A Austrália utilizou uma forma de renda básica universal durante a pandemia e quase todos os cidadãos dos dois países foram relegados a trabalhar em casa.
Ambos os países também fecharam as fronteiras exteriores e interiores, o que significa que ninguém foi autorizado a entrar ou sair de sua região durante a pandemia.
Qualquer cidadão com permissão para entrar no país enfrentou medidas de quarentena rigorosas. A forma rigorosa como os países lidaram com o confinamento em março foi, segundo as autoridades de saúde, essencial para prevenir a propagação do vírus no início.