Criança de dois anos é a pessoa mais jovem do mundo a fazer uma cirurgia gástrica - TVI

Criança de dois anos é a pessoa mais jovem do mundo a fazer uma cirurgia gástrica

Criança de dois anos é a pessoa mais jovem do mundo a fazer uma cirurgia gástrica

Rapaz saudita sofria de obesidade mórbida

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Um rapaz saudita de dois anos tornou-se na pessoa mais jovem do mundo a fazer uma cirurgia gástrica, onde viu a maior parte do seu estômago ser cortado.

Os pais da criança, que pesava 31 quilos e tinha um Índice de Massa Corporal de 41, pediram ajuda porque o filho sofria de graves problemas durante o sono.

Depois de verem falhadas duas tentativas de controlo de peso através de dieta, como escreveu um dos cirurgiões num artigo publicado no «International Journal of Surgery Case Reports», a opção mais viável foi a gastrectomia, uma alternativa drástica em detrimento da banda gástrica ou cirurgia bypass.

A primeira vez que a criança foi ao endocrinologista tinha 14 meses e pesava 21 quilos, mas durante a dieta a criança engordou quatro quilos, o que fez com que os médicos do Hospital Militar Prince Sultan, em Riyadh, não tivessem a certeza que os pais tivessem submetido a criança a uma verdadeira dieta.

A outra tentativa de dieta falhou quando o seu peso atingiu os 31 quilos e as suas pernas começaram a curvar. Perante estes fatores, os médicos decidiram realizar a cirurgia em 2010.

Os cirurgiões optaram por uma gastrectomia laparoscópica, que envolveu a remoção da margem exterior do estômago para restringir a ingestão de alimentos, deixando cerca de 30% do estômago como uma «manga» com o tamanho e forma de uma «banana», aproximadamente.

«Uma cirurgia destas nunca foi tentada numa criança tão pequena. Apresentamos, provavelmente, o primeiro caso de uma operação bem-sucedida numa criança de dois anos com obesidade mórbida».

Em apenas dois meses, a criança perdeu 15% do seu peso e dois anos após a cirurgia o peso do rapaz era de 19 quilos e o seu IMC de 24, dentro do normal.

Especialistas internacionais apelidaram o caso de «chocante» e «muito incomum».

«Não temos ideia do efeito que isto pode ter sobre o crescimento da criança e, a menos que ele tenha o acompanhamento adequado, pode vir a sofrer de deficiências vitamínicas», afirmou o professor Paul Zimmett, do Baker IDI Heart and Diabetes Institute, na Austrália.
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