O físico japonês Masatoshi Koshiba, vencedor do Prémio Nobel da Física pelos estudos pioneiros sobre deteção de neutrinos, morreu na noite de quinta-feira, aos 94 anos, num hospital de Tóquio, informou a emissora pública, NHK.
Nascido em setembro de 1926 na cidade de Toyohashi, na costa leste do Japão, Koshiba formou-se na Faculdade de Ciências da Universidade de Tóquio e obteve o doutoramento na Universidade de Rochester, em Nova Iorque, nos EUA, na década de 50.
Nos anos 80, estabeleceu um observatório subterrâneo numa mina em Kamioka, que hoje forma a cidade de Hida, conhecido em japonês como Kamiokande, destinado ao estudo dos neutrinos solares e atmosféricos.
Professor durante mais de uma década na Universidade de Tóquio, onde detinha o título de professor emérito, Koshiba recebeu o Prémio Nobel da Física em 2002, juntamente com os norte-americanos Raymond Davis Jr. e Riccardo Giacconi, pelo seu trabalho pioneiro em astrofísica.
As experiências realizadas separadamente por Koshiba e Davis Jr. serviram para demonstrar a existência de neutrinos e capturar algumas destas partículas subatómicas de uma supernova pelo investigador japonês.
As suas descobertas abriram caminho ao estabelecimento do campo da investigação da astronomia de neutrinos.
A família de Koshiba planeia realizar um funeral privado, informou, ainda, a NHK.