Olli Rehn, governador do banco central da Finlândia, desistiu da corrida ao cargo de diretor-geral do Fundo Monetário Internacional. A desistência do finlandês deixa apenas Kristalina Georgieva e Jeroen Dijsselbloem como candidatos ao cargo máximo do FMI.
A União Europeia está prestes a votar no candidato da Europa para diretor-geral do FMI. É um desafio excecionalmente significativo e motivante. No entanto, retira o meu nome de consideração nesta altura, para que consigamos um consenso alargado sobre o candidato europeu, e apoio a nível mundial", referiu Oli Rehn no Twitter pessoal.
EU is about to vote on Europe’s candidate for IMF managing director. It is an exceptionally meaningful and motivating job. However, at this stage I withdraw my name from the ballot, so that we can achieve a broad-based consensus for the European candidate, and world-wide support.
— Olli Rehn (@ollirehn) August 2, 2019
Até ao momento, e segundo as agências internacionais, como a Bloomberg, a búlgara Kristalina Georgieva, atual diretora-executiva do Banco Mundial, parece a favorita ao cargo, uma vez que deverá reunir o apoio de França, país que está a liderar as votações. Do outro lado está o ministro das Finanças da Holanda, Jeroen Dijsselbloem.
Uma segunda ronda de votação está, neste momento, a ter lugar entre os dois candidatos restantes: Jeroen Dijsselbloem e Kristalina Georgieva”, revelou fonte do Ministério das Finanças francês à agência Lusa.
Para conseguir uma eleição, o candidato deverá reunir pelo menos 16 estados-membro da União Europeia que representem pelo menos 65% da população.
Antes desta segunda votação, os ministros das Finanças de Portugal e Espanha, Mário Centeno e Nadia Calviño, já tinham desistido da eleição. A desistência do português foi anunciada pelo próprio, nesta quinta-feira. Em causa estaria a dificuldade de chegar a um consenso sobre o nome que iria liderar o FMI.
Para escolher um candidato 🇪🇺 para dirigir FMI como noutras decisões na UE devemos procurar consensos. Quero contribuir para isso, pelo que decidi não participar nesta fase do processo - a votação de amanhã. Continuo disponível para trabalhar numa solução aceitável para todos.
— Mário Centeno (@mariofcenteno) August 1, 2019
Ao encontrar um candidato para dirigir o FMI, como em outras decisões da União Europeia [UE], devemos lutar por uma posição comum. Quero ajudar a encontrar esse consenso e, por isso, não participarei nesta etapa do processo (votação de amanhã)", escreveu Mário Centeno na sua página do Twitter.
A falta de consenso que motivou o afastamento de Mário Centeno manteve-se esta sexta-feira, retirando Nadia Calviño da corrida. O governo espanhol confirmou que a desistência da ministra das Finanças de Espanha se deveu à dificuldade de chegar a uma posição comum: "Espanha estará sempre disposta a promover o consenso entre os países da União Europeia para eleger uma candidatura comum à direção do Fundo Monetário Internacional".
O governo de Pedro Sánchez continuará a trabalhar para impulsionar a gestão dos organismos internacionais e considera uma honra que qualquer um dos seus governantes possa ser considerado, agora e no futuro, como uma garantia ao mais alto nível para o seu funcionamento", refere a mesma nota do governo de Espanha.