Coreia do Norte foge às sanções e importa ilegalmente cada vez mais petróleo - TVI

Coreia do Norte foge às sanções e importa ilegalmente cada vez mais petróleo

  • RL
  • 11 fev 2020, 07:27
Coreia do Norte

ONU impôs medidas a fim de pressionar o país a interromper os seus programas balísticos e de armas nucleares

Os especialistas encarregados de controlar a aplicação das sanções à Coreia do Norte impostas pelas Nações Unidos denunciaram que o país importa ilegalmente cada vez mais petróleo.

"A Coreia da Norte viola as resoluções da ONU importando ilegalmente petróleo", apontaram os especialistas no relatório anual entregue às Nações Unidas.

"A Coreia do Norte continua a contornar as resoluções da ONU exportando ilegalmente carvão e areia", observa-se no relatório.

Pyongyang, de acordo com os especialistas, também continua a importar mercadorias proibidas, como veículos de luxo, álcool e ligadas à robótica.

Em 2017, várias medidas internacionais foram impostas a Pyongyang, limitando as suas importações de petróleo e proibindo as suas exportações de carvão, pesca ou têxteis, a fim de pressionar este país a interromper os seus programas balísticos e de armas nucleares e balísticas.

O grupo de especialistas indicou que recebeu, como no ano anterior, um relatório dos Estados Unidos, com imagens e dados de satélite, abrangendo um período de 1 de janeiro a 31 de outubro de 2019, que comprova que foram excedidas as quotas de importação de petróleo refinado.

"A Rússia e a China pediram evidências adicionais para emitir um julgamento", escrevem os especialistas no documento ao qual a agência de notícias France-Presse teve acesso.

O país mantém "acesso a redes bancárias internacionais em violação às resoluções da ONU, principalmente por meio de intermediários. Continua a comprar ilegalmente moeda virtual e a realizar ataques cibernéticos contra bancos para contornar sanções financeiras", relatam os especialistas.

A China, suspeita de ajudar a Coreia do Norte, apesar das sanções impostas, afirmou na segunda-feira que "sempre cumpriu fiel e seriamente as suas obrigações internacionais".

"É imperativo (...) fazer ajustes" em benefício dos civis norte-coreanos, acrescentou a missão chinesa, lembrando que propôs no final de 2019, com a Rússia, uma resolução que permitisse suspender as proibições relativas à pesca e ao têxtil.

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