Guterres "horrorizado" com reportagem que mostra mercado de escravos negros - TVI

Guterres "horrorizado" com reportagem que mostra mercado de escravos negros

  • SS
  • 20 nov 2017, 22:25

Secretário-geral da ONU diz que estão em causa "abusos flagrantes dos direitos humanos", que "devem ser considerados crimes contra a humanidade"

O secretário-geral das Nações Unidas diz-se horrorizado com a suspeita de mercados de escravos na Líbia. António Guterres reagiu a uma reportagem da CNN, na qual uma jornalista conseguiu filmar a transação de dois homens, vendidos como se fossem mercadoria, perto de Trípoli.

Estou horrorizado com as notícias e imagens de vídeo que mostram migrantes africanos na Líbia a serem alegadamente vendidos como escravos", sublinhou Guterres.

Guterres condenou estes atos e exigiu a intervenção das autoridades competentes para que os responsáveis sejam levados à justiça.

Condeno esses atos abomináveis e exigo as autoridades competentes investiguem estas atividades sem demora para que os responsáveis sejam levados à justiça."

Mais, o secretário-geral da ONU diz que estão em causa "abusos flagrantes dos direitos humanos", que "devem ser considerados crimes contra a humanidade"  Por isso, desafiou a comunidade internacional a unir-se contra o tráfico de pessoas. "A escravidão não tem lugar no nosso mundo", vincou.

Estas ações estão entre os abusos mais flagrantes dos direitos humanos, que devem ser considerados crimes contra a humanidade. Desafio todas as nações a adotar e aplicar a convenção contra a criminalidade organizada e o seu protocolo sobre o tráfico de pessoas. Desafio a comunidade internacional a unir-se para combater este flagelo."

A reportagem da CNN, que foram transmitida na semana passada, mostra imagens da venda de migrantes, na maioria oriundos da África subsaariana, e foi largamente partilhada nas redes sociais, gerando uma forte indignação da comunidade internacional.

Numa das reportagens, veem-se dois jovens encarcerados numa jaula, ao mesmo tempo que se ouve uma voz a anunciar a venda de "jovens fortes" para trabalhos agrícolas e outros a troco de 1.200 dinares líbios, o que equivalente a 340 euros cada um.

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