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Parlamentos são lugares de homens

Parlamento (LUSA)

Portugal não é excepção, revela relatório de Desenvolvimento Humano das Nações Unidas

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O Relatório de Desenvolvimento Humano 2010, divulgado esta quinta-feira pelas Nações Unidas, mostra que os parlamentos de todo o mundo continuam a ser um lugar maioritariamente ocupado por homens. Portugal não é excepção, escreve a Lusa.

O relatório das Nações Unidas que desde 1980 avalia o bem-estar das populações tem este ano uma nova medida: o Índice de Desigualdade de Género.

Os resultados agora conhecidos mostram que a desigualdade entre sexos continua a existir e nem os países mais desenvolvidos conseguem acabar com este fenómeno: em Portugal a percentagem de mulheres na Assembleia da Republica é de 28,3.

Mas a situação é mais dramática se olharmos para a média dos países da OCDE, onde para cada mulher sentada no Parlamento, há quatro homens (20,6 por cento).

Mesmo nos países com percentagens mais elevadas, como a Suécia (47 por cento), Finlândia (41,5 por cento) e Dinamarca (38 por cento), as mulheres estão sempre em minoria.

Já no que toca à escolarização, em Portugal (onde a maioria da população não tem o ensino secundário), a situação inverte-se: 43,8 por cento dos homens têm pelo menos o secundário contra 44,6 por cento das mulheres.

Apesar de terem um pouco mais de estudos, as portuguesas estão também em minoria quando se analisam os postos de trabalho: menos dez por cento do que eles (são 69 por cento contra 79,6 de homens).

Mas esta é uma disparidade que se sente a nível mundial, apesar de existirem países onde o fosso é menor: na Noruega, número um no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano, há uma diferença de apenas cinco pontos percentuais.

O Relatório de Desenvolvimento Humano é publicado anualmente pelas Nações Unidas desde 1990 e este ano avalia a situação de 169 países através do Índice de Desenvolvimento Humano, que pretende perceber o bem-estar de uma população.

Portugal surge em 40.º lugar do ranking, descendo seis lugares em relação ao ano passado, mas mantém-se no grupo dos países de «desenvolvimento humano muito elevado».

No relatório deste ano são introduzidas três novas medidas que registam a desigualdade multidimensional, as disparidades de género e a privação extrema: o Índice de Desenvolvimento Humano Ajustado à Desigualdade, o Índice de Desigualdade de Género e o Índice de Pobreza Multidimensional.

Portugal não surge no quadro do Índice da Pobreza Multidimensensional, assim como a grande maioria dos países com «desenvolvimento humano muito elevado», onde as exceções são: República Checa, Eslovénia, Eslováquia, Emirados Árabes Unidos, Estónia, Hungria e Polónia.
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