Alexei Navalny põe fim à greve de fome - TVI

Alexei Navalny põe fim à greve de fome

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  • 23 abr 2021, 14:02
Alexei Navalni no tribunal de Moscovo

Opositor russo estava há 24 dias em greve de fome

O opositor russo Alexei Navalny, preso desde janeiro, anunciou hoje o fim da greve de fome que iniciou há 24 dias para denunciar as condições de detenção, e que suscitou inquietações sobre a deterioração do seu estado de saúde.

Não retiro a exigência de ver o médico que é necessário, perdi a sensibilidade em partes das mãos e das pernas (…). Atendendo a esta evolução e a estas circunstâncias, começo a pôr termo à minha greve de fome”, escreveu Navalny em mensagem publicada na sua conta Istagram.

 

Graças ao forte apoio de pessoas boas em todo o país e no mundo, obtivemos grandes progressos” disse ainda na mensagem, após especificar que tomou a decisão ao ser examinado por médicos exteriores ao centro penitenciário.

O político da oposição, 44 anos, iniciou a greve de fome em 31 de março em protesto pela recusa das autoridades prisionais em permitir a visita dos seus médicos após severas dores nas costas e dormência nas pernas. Os responsáveis do estabelecimento insistiram que estava a receber o tratamento adequado, mas Navalny negou.

Na quarta-feira, quatro peritos dos direitos humanos mandatados pela ONU indicaram que o detido estava em “grave perigo” e consideraram que devia ser enviado para o estrangeiro.

O principal opositor de Vladimir Putin, o Presidente russo, foi preso em janeiro ao regressar da Alemanha, onde esteve cinco meses em recuperação após um alegado envenenamento por um agente neurotóxico, atribuído ao Kremlin, acusações que as autoridades russas rejeitaram.

A prisão de Navalny desencadeou uma vaga de protestos em toda a Rússia, na maior demonstração de desafio ao Kremlin dos últimos anos.

Após a prisão, um tribunal condenou Navalny a dois anos e meio de prisão por um caso de corrupção ocorrido em 2014 e que os seus apoiantes denunciaram como politicamente motivado, enquanto o Tribunal Europeu dos Direitos Humanos considerou a sentença "arbitrária e manifestamente irracional".

Em março, o político foi transferido para uma colónia penal a leste de Moscovo, conhecida pelas suas duras condições de detenção.

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