“Fiquei a chorar”: companhia aérea impede menino de viajar com os pais - TVI

“Fiquei a chorar”: companhia aérea impede menino de viajar com os pais

Cole Doyle

Cole Doyle, de 10 anos, foi expulso de um voo da Air Canada por "overbooking". Transportadora aérea já pediu desculpa e ofereceu uma compensação à família

É mais uma denúncia de um caso de overbooking (sobrelotação dos aviões, na tradução livre em português), desta vez na Air Canada. Depois do médico David Dao ter sido arrastado à força de um avião da United Airlines, em Chicago, nos EUA, e de outros casos peculiares entretanto conhecidos de expulsões de passageiros, soube-se agora que uma família de quatro pessoas, do Canadá, descobriu no momento do ckeck in, que o filho não teria lugar para viajar com a família, num voo comprado há meses, com destino à Costa Rica.

Em entrevista à cadeia de televisão canadiana CBC News, a família conta que o filho de 10 anos, de nome Cole Doyle, foi obrigado a ceder o lugar a outro passageiro num voo da Air Canadá que devia levar a família para a Costa Rica, durante as férias de primavera, em março. Com isso, a família teve de gastar mais 1000 dólares canadianos (707 euros) para viajar para dois aeroportos até à Costa Rica.

Shanna e Brett Doyle, os pais da criança, referem que tinham comprado os bilhetes em agosto de 2016 e que tentaram fazer o check-in online para o filho, mas sem sucesso. Quando chegaram ao aeroporto de Charlottetown, cidade onde residem, foi-lhes dito que a criança não poderia viajar com eles.

Cole Doyle contou à CBC News a angústia que sentiu:

Eu estava a chorar no banco, e agora não tenho avião, como é que chego ao destino para onde vou? Não sei sequer se vou conseguir ir com a minha família.”

Impossibilitada de seguir junta a partir de Charlottetown, a família dirigiu-se para o aeroporto da cidade vizinha de Moncton (numa viagem de carro que demorou duas horas) na esperança de arranjar uma alternativa, mas à chegada ao local verificou que o voo pretendido tinha sido cancelado. Viajaram então mais duas horas e meia de carro até ao aeroporto de Halifax, cidade onde passaram a noite num hotel.  A família acabou depois por seguir viagem para a Costa Rica

De acordo com o jornal britânico The Guardian, a Air Canadá pediu desculpas pelo incómodo e ofereceu uma indemnização no valor de 2500 dólares canadianos (1.746 euros) à família.

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