“Adote um dinamarquês”, um anúncio contra as políticas anti-imigração - TVI

“Adote um dinamarquês”, um anúncio contra as políticas anti-imigração

  • Élvio Carvalho
  • 3 fev 2016, 13:08
Adote um dinamarquês (Reprodução/Youtube)

Rádio dinamarquesa lançou um vídeo satírico nas redes sociais onde deixa críticas às recentes alterações à lei que retira benefícios a migrantes e refugiados

A rádio dinamarquesa, P3-DR, lançou um vídeo satírico nas redes sociais que critica as alterações à lei para diminuir a ajuda a migrantes e refugiados que entram no país, e os comentários de dinamarqueses que apoiaram a medida, em particular os que sugeriam que o dinheiro podia ser usado para ajudar os idosos.

O vídeo mostra o diretor da fundação fictícia “Adote um Dinamarquês”, Jackson Nouwah, a apontar vários defeitos ao continente africano, e às condições de vida, porém, salientando que os idosos na Dinamarca estão “bem pior”.

“Em África nós cuidamos dos nossos idosos. Sim, temos água contaminada, epidemias e falta de eletricidade. Mas pelos comentários no Facebook, os idosos dinamarqueses estão bem pior. Deixem-nos tomar conta deles.”

A fundação de Nouwah quer "arranjar casas novas" para os idosos da Dinamarca, de forma a que não fiquem sem ajuda devido ao dinheiro que é enviado para África.

“Muitos idosos dinamarqueses escrevem no Facebook que demasiado dinheiro está a ser enviado para África, em vez e ser gasto com eles. Quando ouvimos isso, soubemos que tínhamos de fazer alguma coisa. Foi por isso que abrimos a fundação ‘Adote um Dinamarquês’. Milhares de idosos dinamarqueses precisam de casas novas.”

                

A Dinamarca aprovou, na última semana, alterações à lei da imigração e acolhimento de refugiados, passando a confiscar os bens de quem chega à Dinamarca com dinheiro ou valores acima das 10.000 coroas (cerca de 1.300 euros) - de forma a tornar o sistema mais justo para com os dinamarqueses, que têm de vender alguns bens quando precisam de assistência social.

A nova lei passa, também, de um para três o número de anos que um refugiado tem de esperar até que a sua família possa juntar-se a ele.

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