Novos pacotes suspeitos enviados para Joe Biden e restaurante de Robert De Niro - TVI

Novos pacotes suspeitos enviados para Joe Biden e restaurante de Robert De Niro

Ex-vice-presidente do país alvo de ameaça, depois de oito pacotes suspeitos terem sido enviados entre segunda e quarta-feira a altas figuras da política norte-americana, entre os quais Barack Obama e Hillary Clinton. O décimo pacote, o mais recente a ser analisado pelas autoridades, terá chegado ao restaurante de Robert de Niro em Tribeca.

As autoridades norte-americanas estão a tentar localizar um pacote suspeito alegadamente dirigido ao ex-vice-presidente dos EUA, Joe Biden, número dois de Barack Obama e um dos membros do Partido Democrata. A notícia está a ser avançada pela agência Reuters que cita um agente federal. Também o Tribeca Grill, um restaurante de Robert de Niro em Tribeca, Manhattan, recebeu um pacote suspeito.

A polícia de Nova Iorque está a analisar o nono e décimo pacotes, ambos enviados esta quinta-feira, contendo potenciais explosivos, enviados a altas figuras da política norte-americana, depois de Hillary Clinton, Barack Obama e a CNN também terem sido ameaçados.

De acordo com a BBC, não é ainda claro se este último pacote é igual aos enviados na quarta-feira, com engenhos explosivos.

Os Estados Unidos da América estão em alerta perante uma sequência de ameaças de bomba contra vários políticos, antigos e atuais figuras do Estado.

Oito pacotes suspeitos foram enviados entre segunda-feira e esta quarta-feira para vários políticos norte-americanos, entre os quais Barack Obama e Hillary Clinton.

Tudo começou na segunda-feira à noite quando foi encontrado um engenho explosivo entre o correio da residência do multimilionário George Soros, em Bedford, a cerca de 60 quilómetros de Nova Iorque. 

O segundo alerta foi dado na noite de terça-feira, mas só foi divulgado na quarta-feira de manhã. Um técnico que rastreava o correio para a casa de Hillary Bill Clinton, no condado de Westchester, em Nova Iorque, encontrou um engenho explosivo e alertou as autoridades.

Poucos minutos depois do anúncio do alerta em casa dos Clinton, novo engenho explosivo foi encontrado, desta vez no correio endereçado à casa de Barack Obama, em Washington.

A terceira ameaça surgiu ao início da tarde de quarta-feira com um alerta de bomba no edifício da Time Warner, em Nova Iorque, onde funcionam três estúdios da CNN. A polícia recolheu um engenho que foi encontrado na sala de correspondência do 10 Columbus Circle, transportou-o para o Bronx, onde foi detonado. As autoridades policiais referiram à própria CNN que o pacote suspeito tinha como destinatário o ex-diretor da CIA John Brennan, que é comentador no canal de televisão.

Menos de uma hora depois do alerta na CNN, o escritório, na Florida, de Debbie Wasserman Schultz, que foi presidente do Comité Nacional Democrata de 2011 a 2016, foi evacuado devido a um pacote suspeito. Eric Holder, o primeiro Procurador-Geral dos EUA afro-americano, era um dos alvos do pacote suspeito que foi intercetado pela polícia.

As ameaças, aparentemente concertadas, não ficaram por aqui e chegaram também ao governador de Nova Iorque. Neste caso, não passou de um falso alarme. O pacote suspeito enviado para o gabinete de Andrew Cuomo, em Manhattan, era apenas literatura.

O escritório em San Diego da antiga procuradora-geral da Califórnia e atual senadora, Kamala Harris, e a redação do jornal The San Diego Union-Tribune também foram evacuados na quarta-feira depois de terem sido encontrados vários pacotes suspeitos.

Os últimos pacotes suspeitos, na quarta-feira, foram intercetados no Capitólio, em Washington. O FBI confirmou que estavam endereçados à senadora Maxine Waters, uma das representantes do Partido Democrata na câmara baixa do Congresso norte-americano.

Até agora todos os alvos dos pacotes suspeitos são críticos do Partido Republicano e de Donald Trump. As opiniões dividem-se em relação às motivações das ameaças. Entre os democratas, há quem diga que a retórica de Donald Trump está a incentivar uma escalada de violência, enquanto os republicanos falam de uma estratégia democrata para ganhar votos nas eleições de 6 de novembro para o Congresso.

Continue a ler esta notícia

EM DESTAQUE