Aumenta para dez o número de mortos pelo exército israelita em Gaza - TVI

Aumenta para dez o número de mortos pelo exército israelita em Gaza

  • PP
  • 7 abr 2018, 10:29
Protestos em Gaza (Palestina)

Uma das vítimas mortais era um jornalista que estava a fazer a cobertura dos protestos e que estava identificado, envergando um colete antibalas

O número de vítimas de disparos do exército israelita na sexta-feira na Faixa de Gaza aumentou para dez mortos, incluindo um jornalista, e cerca de 500 feridos, anunciou na madrugada de hoje o Ministério da Saúde palestiniano.

“Houve dez mártires e 1.354 feridos, incluindo 491 feridos por balas e explosivos, 33 dos quais estão em estado grave”, afirmou o porta-voz daquele ministério em Gaza.

Entre os feridos encontram-se mais de 20 mulheres e 80 menores, segundo os dados fornecidos pela Palestina.

Um dos mortos é um jornalista que estava a fazer a cobertura dos protestos e que estava identificado, envergando um colete antibalas, informaram meios de comunicação palestinianos, segundo a agência Efe.

De acordo com o sindicado de jornalistas, seis repórteres ficaram feridos durante os protestos, que começaram de manhã e que foram aumentando em violência pelas duas partes enquanto o dia avançava.

A denominada "Marcha do Retorno", convocada por todas as fações palestinianas e com caráter pacífico, começou em Gaza no dia 30 de março, com marchas e manifestações junto à fronteira com Israel.

Desde então morreram 32 palestinianos, tanto nos protestos como noutros incidentes.

Na sexta-feira, quando era conhecida a existência de nove mortos, a Palestina exigiu uma reação do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) face à atuação das tropas israelitas durante os protestos ocorridos naquele dia na fronteira de Gaza com Israel.

o embaixador palestiniano na ONU, Riyad Mansur, denunciou que Israel está a cometer um “massacre” e criticou os seus dirigentes por desrespeitarem os apelos à moderação por parte da comunidade internacional.

Este diplomata exigiu ao Conselho de Segurança que assuma a sua “responsabilidade” e se pronuncie sobre a questão, enviando um sinal claro a Israel.

Israel advertiu na quinta-feira que as instruções de tiro dadas aos soldados seriam as mesmas que para o dia 30 de março, quando foram disparadas balas reais contra os manifestantes que participavam no primeiro dia de protestos da “Marcha do Retorno”.

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