Líder palestiniano acusa Israel de crimes de guerra - TVI

Líder palestiniano acusa Israel de crimes de guerra

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  • ATUALIZADA ÀS 13:55
  • 19 mai 2021, 13:48

A violência, a mais grave desde 2014, já causou quase 220 mortos em Gaza e 12 em Israel

O Presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas, acusou esta quarta-feira Israel de estar a cometer em Gaza atos de “terrorismo de Estado organizado e crimes de guerra”, que são puníveis à luz do direito internacional.

Durante um discurso pela televisão, Abbas disse que os palestinianos “não hesitarão em perseguir aqueles que cometem esses crimes em tribunais internacionais”.

Abbas acusou Israel de “ataques brutais a civis e bombardeamentos deliberados de casas”, respondendo aos argumentos de Israel, que tem afirmado que o seu exército apenas ataca alvos militares do Hamas, fazendo todos os esforços para evitar atingir civis.

Abbas é o líder da Autoridade Palestiniana, apoiada internacionalmente, cujas forças foram expulsas de Gaza quando o grupo islamita Hamas tomou o poder em 2007, ficando com autonomia limitada em partes da Cisjordânia ocupada por Israel.

No início deste ano, o Tribunal Penal Internacional lançou uma investigação sobre possíveis crimes de guerra cometidos por combatentes israelitas e palestinianos durante a última guerra de Gaza, em 2014.

Desde o passado dia 10, o Hamas tem lançado centenas de ‘rockets’ contra Israel, que tem respondido com violentos ataques aéreos sobre a Faixa de Gaza, apesar dos apelos a um cessar-fogo por parte da comunidade internacional.

A violência, a mais grave desde 2014, já causou quase 220 mortos em Gaza e 12 em Israel.

Os combates começaram após semanas de tensões entre israelitas e palestinianos em Jerusalém Oriental, que culminaram com confrontos na Esplanada das Mesquitas, o terceiro lugar sagrado do islão junto ao local mais sagrado do judaísmo.

O conflito israelo-palestiniano remonta à fundação do Estado de Israel, cuja independência foi proclamada em 14 de maio de 1948.

Israel admite “derrotar” Hamas se a dissuasão falhar

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, admitiu esta quarta-feira a possibilidade de ter de “derrotar” o Hamas palestiniano, no poder na Faixa de Gaza, se a opção da “dissuasão” falhar, após mais de uma semana de combates mortais.

Há apenas duas possibilidades de os enfrentar, ou derrotá-los – e é sempre uma possibilidade – ou dissuadi-los e atualmente estamos envolvidos numa dissuasão firme”, disse Netanyahu a embaixadores em Telavive.

“Devo dizer que não excluímos qualquer possibilidade”, adiantou.

O primeiro-ministro israelita explicou que o que o Estado hebreu tenta fazer ao movimento islâmico Hamas é: “diminuir as suas capacidades, os seus meios terroristas e a sua determinação”.

“Esperamos poder restabelecer a calma e esperamos poder fazê-lo rapidamente. Quero dizer que fazemos isto tentando ao máximo evitar vítimas civis”, disse ainda.

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