Sarah Ferguson e Simon Cowell apanhados nos Papéis do Panamá - TVI

Sarah Ferguson e Simon Cowell apanhados nos Papéis do Panamá

  • Andreia Miranda
  • Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação
  • 7 abr 2016, 12:04

Duquesa de Iorque e o músico são alguns dos nomes famosos que constam da lista divulgada pelo Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação

Há novos nomes famosos envolvidos no escândalo do Panamá. Depois de ter sido divulgado que os nomes de Jackie Chan, Pedro Almodóvar e Lionel Messi, entre outros, figuravam nos mais de 11 milhões de documentos divulgados pelo Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação (CIJI), o The Guardian noticia agora que também a duquesa de Iorque viu as suas finanças serem divulgadas de forma detalhada. 

Segundo o jornal, que cita cartas entre o solicitador de Sarah Ferguson e a Mossack Fonseca, a duquesa de Iorque mostrou alguma confusão sobre quem geria os seus interesses nas Ilhas Virgem Britânicas.

No entanto, a empresa ligada à ex-mulher do príncipe Andrew, a Essar Company Inc, era gerida por uma empresa suíça e um porta-voz da duquesa já veio afirmar que sempre divulgou os rendimentos na sua declaração de IRS.

Simon Cowell

Já o músico Simon Cowell tem duas empresas - Southstreet Limited e a Eaststreet Limited – nas Ilhas Virgens Britânicas, mas o seu porta-voz já veio afirmar que as empresas nunca foram utilizadas por Cowell.

As empresas foram criadas, não pelo meu cliente, mas por representantes como meio comum para um investimento no estrangeiro para comprar uma propriedade nos Barbados. Nenhuma das empresas de Cowell foi utilizada e ambas estão dormentes”.

Outro dos nomes envolvidos no escândalo é o da ex-mulher de Paul McCartney. A empreendedora Heather Mills, que recebeu mais de 24,3 milhões de libras do divórcio do músico, era uma das acionistas da empresa Water 4 Investment Ltd, originalmente criada para produzir comida saudável.

Heather Mills

No entanto, Mills afirma que o seu investimento na empresa terminou após uma longa batalha judicial, onde perdeu milhões.

Apenas posso dizer, com a mão no coração, que sou cumpridora no pagamento de impostos e que não irão encontrar nada se me investigarem”, afirmou Mills, por email, ao Guardian.

Também Mark Thatcher, filho da ex-primeira-ministra do Reino Unido, Margaret Thatcher, surge na lista dos Papéis do Panamá como o único beneficiário de um consórcio que detém uma casa na ilha de Barbados, onde a sua família passa férias todos os anos.

O fundo, gerido por um especialista em offshores baseado em Guernsey – Harbour Trust – é dono de uma companhia chamada Calva Holdings Limited que, por sua vez, detém a propriedade nos Barbados.

Mark Tatcher

Numa mensagem enviada ao departamento de queixas da Mossack Fonseca, os administradores dizem que “esta estrutura de fundos fez parte de uma relação de longa data com a Harbour”. “Fomos extremamente cuidadosos para manter a confidencialidade do cliente, que temos a certeza, a vossa empresa vai apreciar e manter”.

O jornal divulga ainda outros três nomes: o do realizador Stanley Kubrick (já falecido), o do jogador do Chelsea Willian e o do ex-jogador de futebol Andy Cole.

Stanley Kubrick

O realizador surge nos documentos porque, após a sua morte em 1999, as suas filhas passaram uma propriedade que detinham para três empresas registadas nas Ilhas Virgens Britânicas, poupando centenas de milhares de dólares em impostos.

Já Willian, de 27 anos, é o único acionista de uma empresa chamada Saxon Sponsoring Limited, que foi criada em setembro de 2013. No entanto, o porta-voz do jogador diz que a empresa “adormeceu” e foi encerrada.

Willian

Por sua vez, Andy Cole, de 44 anos, parece ter usado a empresa Crewzen Finance Limited para comprar uma casa em Nottingham em 2009 por 84 mil libras. 

Andy Cole

Os Papéis do Panamá são a maior investigação jornalística da história, divulgada na noite de domingo, que envolve o Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação, com sede em Washington, do qual a TVI, juntamente com o Expresso, faz parte e destaca os nomes de 140 políticos de todo o mundo, entre eles 12 antigos e atuais líderes mundiais.

A investigação resulta de uma fuga de informação de 11,5 milhões de documentos sobre quatro décadas de atividade da empresa panamiana Mossack Fonseca, especializada na gestão de capitais e de património, com informações sobre mais de 214 mil empresas offshore em mais de 200 países e territórios.

Continue a ler esta notícia

Mais Vistos