Servidor informático da Mossack Fonseca já foi inspecionado - TVI

Servidor informático da Mossack Fonseca já foi inspecionado

Mossack Fonseca (Reuters)

Empresa que está no centro do escândalo dos Papéis do Panamá tinha apresentado queixa por pirataria informática

Depois de, na semana passada, ter sido público que a Mossack Fonseca apresentou queixa ao Ministério Público do Panamá, ao denunciar que a sua base de dados foi alvo de pirataria, o servidor da empresa que está no centro do escândalo dos Papéis do Panamá acabou por ser inspecionado esta segunda-feira. 

A inspeção do departamento de Propriedade Intelectual e Segurança Informática foi ao servidor que contém a base de dados, indicou aos jornalistas o advogado Elías Solano, da Mossack Fonseca, citado pela Lusa.

A queixa por delito contra a segurança informática foi apresentada no dia 10 de março, explicou Solano.

A diligência de ontem das autoridades ocorreu então no quadro da “denúncia de subtração ilegal dos seus documentos da sua base de dados”. A mesma fonte não revelou se o resultado é conhecido.

Os Papéis do Panamá são o resultado da maior investigação jornalística da história, divulgada na noite de domingo, envolvendo o Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação (ICIJ, na sigla inglesa), com sede em Washington, e do qual a TVI faz parte.

Na investigação são destacados os nomes de 140 políticos de todo o mundo, entre eles 12 antigos e atuais líderes mundiais. Entre os portugueses, figuram 240 nomes.

A investigação resulta de uma fuga de informação e juntou cerca de 11,5 milhões de documentos ligados a quase quatro décadas de atividade da empresa panamiana Mossack Fonseca, especializada na gestão de capitais e de património, com informações sobre mais de 214 mil empresas offshore em mais de 200 países e territórios.

A partir dos Papéis do Panamá (Panama Papers, em inglês) como já são conhecidos, a investigação refere que milhares de empresas foram criadas em paraísos fiscais para centenas de pessoas administrarem o seu património, entre eles o rei da Arábia Saudita, elementos próximos do Presidente russo Vladimir Putin, o presidente da UEFA, Michel Platini, e a irmã do rei Juan Carlos e tia do rei Felipe VI de Espanha, Pilar de Borbón.

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