Assintomáticos e pré-sintomáticos transmitem a maioria das infeções por Covid-19, revela novo estudo - TVI

Assintomáticos e pré-sintomáticos transmitem a maioria das infeções por Covid-19, revela novo estudo

Investigadores alertam que compreender as infeções silenciosas pode ser a chave para controlar a propagação do vírus

A transmissão silenciosa do novo coronavírus pode ser responsável por mais de metade das infeções, segundo um novo modelo matemático de investigadores norte-americanos e canadianos.

Para chegar a tal conclusão, os investigadores analisaram dados sobre transmissão assintomática e pré-sintomática de dois estudos epidemiológicos diferentes e verificaram que mais de 50 por cento das infeções eram atribuíveis a pessoas que não apresentam sintomas.

De acordo com o ABC News, os investigadores sublinham que, como o estudo é baseado num modelo matemático, a descoberta desta percentagem é uma estimativa baseada em probabilidades e aproximações.

"Mesmo que todos os casos sintomáticos sejam isolados, não está descartada a hipótese de ocorrer um grande surto", escreveram os autores do estudo.

"Compreender como é que as infeções silenciosas, que estão na fase pré-sintomática ou assintomática contribuem para a transmissão do vírus, será fundamental para o sucesso das estratégias de controlo da pandemia”, acrescentaram.

O estudo agora revelado foi publicado na revista científica da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos.

Mas um outro estudo, publicado em junho na revista Nature, descobriu que num município italiano, em que a maioria dos residentes foi testada para COVID-19 enquanto se cumpria a quarentena, aproximadamente 40% dos indivíduos que tiveram resultados positivos não tinham sintomas.

Mundo luta contra a Covid-19

A pandemia de Covid-19 já matou 550.910 pessoas e infetou 12,1 milhões em todo o mundo desde dezembro, segundo os últimos dados oficiais revelados na quinta-feira.

De acordo com os números, 12.123.290 casos de infeção foram oficialmente diagnosticados em 196 países e territórios desde o início da epidemia, em dezembro passado, na cidade chinesa de Wuhan, dos quais pelo menos 6.461.200 agora são considerados curados.

O número de casos diagnosticados reflete apenas uma fração do total real de infeções, já que alguns países testam apenas casos graves, outros usam o teste como uma prioridade para rastreamento e muitos estados pobres têm apenas capacidade limitada de rastreamento.

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