China admite que a Covid-19 “expôs problemas” dos mercados de animais no país - TVI

China admite que a Covid-19 “expôs problemas” dos mercados de animais no país

  • João Guerreiro Rodrigues
  • 3 jul 2020, 13:38

Depois do surto inicial no mercado abastecedor de Wuhan e de um segundo surto num mercado em Pequim, as autoridades admitem “problema”

O governo chinês admitiu, esta sexta-feira, que a Covid-19 trouxe ao de cima “os problemas” dos mercados de animais no país.

Citado pelo Daily Mail, o governo de Pequim afirma que a pandemia do novo coronavírus pôs em causa as estruturas, a construção e gestão feita das dezenas de milhares de “mercados de produtos agrícolas” no país.

A Covid-19 foi detetada pela primeira vez na cidade de Wuhan, centro da China, em dezembro passado, entre pacientes relacionados com um mercado da cidade que vendia animais selvagens, incluindo pangolim e civeta, além de carnes mais convencionais, como frango e peixe.

Um novo surto num mercado, desta vez em Pequim, reacendeu o debate na China sobre as condições destes espaços. Hu Jianping, do ministério do Comércio, admitiu que a estruturas destas superfícies comerciais não tiveram o “devido planeamento” ou “falta de fundos para a construção”.

Atualmente, existem cerca de 44 mil mercados na China, de acordo com os números oficiais.

Há um mês, as autoridades já tinham admitido a “necessidade urgente” de melhorar a higiene nos seus mercados abastecedores e na cadeia de fornecimento alimentar, depois do surto de Covid-19 em Pequim.

Em comunicado, a Comissão Central de Inspeção e Disciplina do Partido Comunista da China (PCC) admitiu que "há a necessidade urgente de o país melhorar os padrões de saneamento e minimizar os riscos à saúde nos mercados".

A epidemia é um espelho que não apenas reflete a desorganização e falta de higiene nos mercados abastecedores, mas também mostra o baixo nível da sua administração", lê-se no comunicado.

Resta saber se o país tomará medidas decisivas para melhorar a higiene neste tipo de estabelecimento e nos chamados mercados subterrâneos - espaços fechados e húmidos onde quase não há ventilação.

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