Covid-19: OMS diz que animais são a origem mais provável do vírus - TVI

Covid-19: OMS diz que animais são a origem mais provável do vírus

Relatório preliminar aponta como "extremamente improvável" que se tenha tratado de um erro de laboratório

Um relatório conjunto da Organização Mundial de Saúde (OMS) e da China diz que a transmissão do vírus de morcegos para humanos através de outro animal é o cenário mais provável da origem do SARS-CoV-2.

De acordo com a Associated Press, o documento preliminar aponta como "extremamente improvável" que se tenha tratado de um erro de laboratório, tal como já tinha sido avançado em fevereiro.

As descobertas já eram em parte esperadas, mas deixam ainda muitas perguntas sem resposta. No entanto, o relatório já forneceu alguns detalhes e os peritos já propuseram investigações adicionais, exceto a hipótese de o vírus ter "escapado" de um laboratório.

Recorde-se que a divulgação do documento foi, por diversas vezes, adiado, levantando questões sobre se a China estaria a tentar distorcer algumas das conclusões para evitar uma culpa global pela pandemia.

Várias linhas de raciocínio

Os investigadores puseram em cima da mesa vários cenários acerca da origem do novo coronavírus. No topo da lista estava a transmissão através de um segundo animal, o que eles consideraram "ser muito provável".

Os peritos avaliaram depois a disseminação direta de morcegos para humanos como provável, e ao mesmo tempo referiram que a disseminação por meio de produtos alimentares era possível, mas improvável.

Embora os morcegos sejam animais portadores do vírus, estes não são os únicos animais referidos no relatório. Outros como pangolins, visons e gatos também são tidos como portadores da doença, uma vez que todos são vulneráveis à covid-19.

A versão final do relatório deverá ser revelado nos "próximos dias".

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 2.777.761 mortos no mundo, resultantes de mais de 126,6 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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