Os Estados Unidos bateram, esta quarta-feira, três impressionantes recordes nas cifras da pandemia de covid-19. Em 24 horas, o país registou mais de 200 mil novos casos, o que significa que, a cada minuto há mais 139 pessoas infetadas com SARS-CoV-2.
Mas não foi o único número alarmante registado esta quarta-feira no país. Nunca houve tantos doentes internados: são agora mais de 100 mil. E registou-se também, nas últimas 24 horas, 2.804 mortos provocados pela doença – o número diário mais alto desde o início da pandemia, de acordo com os dados divulgados pela Universidade Johns Hopkins.
É preciso recuar à primeira vaga, a 15 de abril, para encontrar um número de mortos próximo, e ainda assim mais baixo. Nesse dia, registaram-se 2.752 mortos.
De acordo com a imprensa norte-americana, os Estados Unidos atravessam uma crise sanitária sem precedentes e o sistema de saúde está à beira do colapso. E não se espera que os números venham a descer tão cedo. Pelo menos não de uma forma tão significativa.
De acordo com o Centro de Controlo de Doenças (CDC, da sigla em inglês), espera-se viver, nos próximos três meses, “o momento mais difícil na história da saúde pública da nação”. Robert Redfield, diretor do CDC lembra que o número de mortos provocados pela covid-19 já ultrapassa os 272 mil e espera que, em fevereiro, ultrapasse os 450 mil.
Mas os peritos, incluindo Anthony Fauci, considerado o maior especialista do país em doenças infeciosas, consideram que os números serão muito mais elevados do que as estatísticas divulgadas de forma oficial e que o vírus terá matado muito mais gente do que o que tem sido tornado público.
O CDC espera que os números se agravem de forma abissal e aponta para um Natal negro: podem morrer, só na semana do Natal, entre 9.500 e 19.500 pessoas por covid-19.