OMS teme "onda dupla" de Covid-19 e gripe no próximo inverno na Europa - TVI

OMS teme "onda dupla" de Covid-19 e gripe no próximo inverno na Europa

  • Bárbara Cruz
  • 14 mai 2020, 19:33
Covid-19: Transportes em Lisboa

Diretor da Organização Mundial de Saúde para a Europa admite que gripe ou sarampo possam tornar mais letal uma segunda onda de Covid-19 já no próximo inverno

O diretor da Organização Mundial de Saúde (OMS) para a Europa, Hans Kluge, admite uma segunda onda de Covid-19 no inverno, que desta vez poderá ser mais letal ao vir acompanhada por uma epidemia de gripe ou de sarampo. 

Em entrevista ao jornal britânico The Telegraph, Hans Kluge frisou que o momento não é de baixar a guarda e que os países europeus devem agora preparar-se para uma segunda onda do vírus que causa a Covid-19.  "Não é tempo de celebração, é tempo de preparação", frisou.

Estou muito preocupado com a onda dupla. No inverno, podemos ter uma segunda onda de Covid-19 e outra de gripe ou de sarampo. Há dois anos, tínhamos 500.000 crianças que ainda não tinham levado a primeira dose da vacina do sarampo", explicou  o especialista ao Telegraph.

Segundo Kluge, Singapura e Japão perceberam desde logo que era necessária preparação para um eventual recrudescimento do SARS-CoV-2. "É o que estão a fazer os países escandinavos, não excluem uma segunda onda mas esperam que seja localizada e que possam agir rapidamente", explicou.

O diretor da OMS frisou ainda que sem vacina ou tratamento o desconfinamento tem de ser lento e cuidadoso.

As pessoas pensam que o confinamento terminou. Nada mudou", sublinhou.

Antes, em conferência de imprensa, Kluge já tinha dito que, nesta altura, são os comportamentos e ações individuais que determinam o caminho que se seguirá na luta contra a pandemia. "Um em que caminhamos para um novo normal, ou outro que nos manda de volta para as restrições nos nossos movimentos e interações sociais", frisou. 

“O ‘cansaço de estado de emergência’ ameaça os preciosos progressos que conseguimos contra este vírus. Desconfiança nas autoridades e teorias da conspiração estão a alimentar movimentos contra o distanciamento físico e social", acrescentou ainda o diretor da OMS para a  Europa.

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