“Este terceiro domingo do advento faz com que assistamos à chegada do Natal, já próximo. Não podemos deixar-nos cair no cansaço; não nos é permitida nenhuma forma de tristeza. Embora tenhamos motivo para tantas preocupações e para as múltiplas formas de violência que ferem a nossa humanidade”, disse na sua homilia, citado pela Lusa.
“Num contexto histórico de grandes abusos e violências, por causa sobretudo dos homens do poder, Deus faz saber que Ele mesmo governará o seu povo, que não o deixará nas mãos da arrogância dos seus governantes, que o libertará de cada angústia”.
“Hoje é-nos exigido que ‘não baixemos os braços’ por causa da dúvida, da impaciência ou do sofrimento”, acrescentou. O papa evocou então a alegria porque começou o Jubileu, um tempo que qualificou como “o tempo do grande perdão”.
“Abrimos a Porta Santa, aqui e em todas as catedrais do mundo. É também um gesto simples e um convite à alegria. Começa o tempo do grande perdão. É o Jubileu da misericórdia”, celebrou.
A abertura da Porta Santa ocorreu às 09:30 locais (08:30 TMG) e depois foi celebrada a missa, uma cerimónia seguida por milhares de fieis que se juntaram dentro e fora do tempo para assistir a este ritual que não se realizava desde o Jubileu do ano 2000, durante o pontificado do já santo João Paulo II.
As imediações da basílica de São João de Latrão foram marcadas por um aumento considerável de vigilância e controlos policiais, devido ao alerta terrorista na Europa que obrigou as autoridades a ter especial atenção aos atos do Jubileu, em que são frequentes as aglomerações.