Papa diz que crimes sexuais na igreja "nunca" podem repetir-se - TVI

Papa diz que crimes sexuais na igreja "nunca" podem repetir-se

Francisco visita, por estes dias, os EUA, e esteve reunido com Barack Obama. O Papa dedicou parte do seu discurso às alterações climáticas, assunto que não pode ser adiado "para uma geração futura"

O Papa Francisco apelou, esta quarta-feira, aos bispos da igreja católica dos Estados Unidos que trabalhem para que os crimes de abuso sexual de menores nunca venham a ser repetidos.

Francisco, que estes dias visita, pela primeira vez, os EUA, disse compreender o “peso” destes crimes na igreja, e louvou o empenho dos bispos para ajudar as vítimas.

“Eu sei o quanto a dor dos últimos anos tem pesado sobre vocês, e tenho apoiado o vosso compromisso generoso para ajudar as vítimas, e o trabalho [que têm feito] para garantir que estes crimes nunca se repitam”, disse.


Porém, este não foi o único assunto abordado por Francisco. Como escreve a agência Reuters, esta quarta-feira o Papa foi recebido por Barack Obama na Casa Branca, e aplaudiu os esforços do presidente norte-americano na luta contra o aquecimento global, uma questão que Francisco não quer ver adiada para uma geração futura.

“Parece-me claro que as alterações climáticas são um problema que não pode ser adiado para uma futura geração. Vivemos numa altura crítica no que toca a tomar conta da nossa casa comum”, disse Francisco.

Barack Obama não só concordou com estas visões de Francisco, como prometeu continuar a apoiar as regiões mais vulneráveis às alterações climáticas.

“Santo padre, lembraste-nos que temos uma obrigação sagrada de proteger o nosso planeta – este magnífico presente de Deus para nós. Apoiamos o seu apelo a todos os líderes mundiais para que ajudem as comunidades mais vulneráveis às alterações climáticas e que temos de nos unir para preservar este mundo precioso para gerações futuras”, disse Obama.
 
O Papa tocou noutros pontos sensíveis da atualidade norte-americana, como a imigração, as desigualdades e a liberdade religiosa, e invocou Martin Luther King, para lembrar a necessidade da tolerância.
 
O presidente dos EUA agradeceu, ainda, a intervenção, fundamental, de Francisco no restabelecimento das relações entre os Estados Unidos e Cuba.
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