O Papa Francisco criticou, neste domingo, durante a oração Angelus que algumas formas de corrupção aconteçam quando os governantes sentem mais amor pelos seus parentes do que pela própria pátria.
Algumas corrupções nos governos acontecem realmente porque o amor pela família é maior que o amor pela pátria e eles metem seus parentes nos cargos", disse o Papa a algumas dezenas de pessoas reunidas na Praça de São Pedro, apesar do calor que se fazia sentir.
Nesse sentido, Francisco refletiu sobre o Evangelho e lembrou que uma das exigências de Jesus de Nazaré aos seus discípulos é colocar a fidelidade acima dos afetos da família.
É claro que Jesus não pretende subestimar o amor por pais e filhos, mas ele sabe que os laços de parentesco, se colocados em primeiro lugar, podem-se desviar do verdadeiro bem”, observou.
Após a oração do Angelus, Francisco mencionou alguns países que vivem numa situação “dramática” devido a conflitos, fomes ou desastres naturais.
Em primeiro lugar, falou sobre a Síria e também lembrou que na próxima terça-feira será realizada a IV Conferência da União Europeia e das Nações Unidas para apoiar o futuro desse país e da região.
“Vamos rezar para que esta importante reunião possa melhorar a situação dramática do povo sírio e de seus vizinhos, em particular o Líbano, num contexto de graves crises sociopolíticas e económicas que a pandemia tornou ainda mais difícil. Por favor, que os líderes sejam capazes de fazer as pazes”, apelou.
O Papa Francisco também fez alusão ao Iémen e expressou a sua preocupação “especialmente por crianças que sofrem com essa grave crise humanitária”.
Finalmente, Francisco mencionou os afetados pelas inundações no oeste da Ucrânia e na República Democrática do Congo.