Recep Tayyip Erdogan, e a Turquia, rejeitam o uso do termo para descrever as mortes ocorridas na altura do Império Otomano, e alertou o Papa para «não repetir o mesmo erro».
No último domingo, durante a missa na Basílica de S.Pedro, na qual esteve presente o presidente arménio e o líder da Igreja Apostólica Arménia, Karekin II, o Papa disse que o último século ficou marcado por «três tragédias sem precedentes», na qual se inclui o «genocídio» dos arménios.
«O primeiro, que é considerado o primeiro genocídio do séxulo XX, atingiu o povo Arménio», disse Francisco, parafraseando uma declaração do Papa João Paulo II em 2001, sendo as outras duas tragédias os crimes cometidos pelo «nazismo e estalinismo».
Segundo a BBC, o presidente turco acrescenta ainda que isto é o que acontece quando os líderes religiosos e políticos tentam fazer o papel de historiadores: «delírios, e não factos».
«Por isso, quero repetir o apelo para a criação de uma comissão conjunta de historiadores e sublinhar que estamos dispostos a abrir os nossos arquivos. Quero que o Papa não repita este erro e condená-lo».
Ainda que mais de 20 países vejam a morte de milhares de arménios durante a primeira grande guerra como genocídio, a Turquia rejeita o uso da palavra e diz que muitos morreram nos combates, tal como muitos turcos.
A Arménia diz que 1,5 milhões foram mortos, ou enviados para regiões desertas, onde morreram à fome e à sede, mas a Turquia insiste que o número é bastante menor.