'Cimeira do clima' sem manifestações e com muita segurança - TVI

'Cimeira do clima' sem manifestações e com muita segurança

Polícia francesa

França manteve a realização em Paris da 'cimeira do clima' apesar dos atentados de 13 de novembro

A França manteve a realização em Paris da 'cimeira do clima' apesar dos atentados de 13 de novembro provocaram 130 mortos, mas proibiu a realização de duas grandes manifestações, e mobilizou 11.000 elementos para garantir a segurança.

Serão 196 os países representados em Paris na Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP21), incluindo mais de 140 chefes de Estado e de Governo, como o dos EUA e da China, para tentar alcançar um acordo global vinculativo sobre redução de emissões de gases com efeito de estufa.

Estavam agendadas duas manifestações em Paris, uma no sábado e outra em 12 de dezembro, o dia seguinte à conclusão da COP21, onde se previa a presença de milhares de participantes de vários países e de diversas áreas, desde defensores do ambiente até associações da sociedade civil, que foram canceladas por motivos de segurança.

Mas muitas outras iniciativas, nomeadamente de organizações ambientalistas internacionais, mantêm-se, centrando-se a participação da sociedade civil num espaço autónomo em relação ao centro onde vai decorrer a COP 21 propriamente dita.

Já as manifestações programadas para cidades em todo o mundo, incluindo portuguesas, no sábado e no domingo, deverão realizar-se, para exigir justiça, ação nas questões das alterações climáticas e o fim das emissões de gases poluentes.

No seu site, a Marcha Global pelo Clima lista algumas das cidades do mundo que vão a receber manifestações, como Londres, São Paulo, Berlim, Canberra, Roma, Copenhaga, Seul, Joanesburgo, Sidney, Cidade do México, Quioto, Beirute ou Kiev.

Em Portugal, são seis as marchas previstas no site, uma em Fátima, uma no Porto, duas em Coimbra e outras duas em Lisboa.

A chamada Zona de Ação Climática (ZAC) estará instalada no norte de Paris, num centro cultural, e, na última semana da conferência, durante quatro dias, a Coligação 21 promete transformar o espaço num ponto de encontro com "vida, criatividade e resistência alegre", ter ações simbólicas e exibições artísticas, além das "discussões" sobre a questão climática.

Em cada final de tarde, será realizada uma reunião para analisar o ponto de situação das negociações na COP 21 e planear as ações do dia seguinte.

A cimeira dos cidadãos para o clima vai decorrer em Montreuil, a 05 e 06 de dezembro, mas terá continuidade em centenas de ações, debates e iniciativas da sociedade civil francesa e internacional, nas duas semanas da COP 21.

Um dos eventos de um setor específica é o "Train to Paris" (comboio para Paris), uma rede sincronizada de comboios para chegar a Paris de toda a Ásia e Europa - da Mongólia, Rússia e China e durante a viagem decorrem debates sobre a importância da ferrovia como meio de transporte sustentável e de baixo carbono.

No âmbito do Programa de Ação Lima-Paris, iniciativa das presidências peruana e francesa da COP, foram organizados eventos para permitir a entidades como empresas, cidades ou organizações apresentarem os seus projetos.

Entre os temas a abordar está o papel das florestas, dos transportes, dos edifícios e das energias renováveis na luta contra as alterações climáticas.

No pavilhão da União Europeia na COP 21, terão lugar mais de 100 eventos que refletem assuntos do nosso quotidiano dos cidadãos relacionados com a problemática do clima.
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