Caviar, champanhe e mais de 200 euros para entrar: festas clandestinas continuam em França - TVI

Caviar, champanhe e mais de 200 euros para entrar: festas clandestinas continuam em França

  • Henrique Magalhães Claudino
  • 13 abr 2021, 17:58
Protesto contra realização de festas clandestinas em restaurantes franceses

Restaurante subterrâneo serviu de espaço a um jantar com mais de 100 pessoas que foi intercetado pela polícia. Ministros foram acusados de participar em festas luxuosas

A polícia parisiense multou mais de 100 clientes que jantavam num restaurante subterrâneo por não respeitarem as medidas sanitárias em vigor, nomeadamente o confinamento geral imposto no início de abril.

A notícia surge após a revelação feita pelos média franceses de que ministros do executivo participaram em festas clandestinas.

Os agentes da polícia foram "chamados por causa de uma reclamação de ruído excessivo a ocorrer num restaurante" e "colocaram um fim a uma festa com mais de 110 pessoas", afirmou a polícia da capital francesa em comunicado.

Fonte da polícia adiantou que os clientes foram multados e que o organizador do evento e o gerente do restaurante acabaram presos.

Também na sexta-feira, a polícia multou 62 pessoas reunidas num restaurante clandestino à hora do almoço. Também o gerente deste restaurante em Saint-Ouen, nos arredores de Paris, foi detido.

Em França, têm-se multiplicado casos de restaurantes subterrâneos a oferecer - a quem tenha os meios para tal - uma experiência gastronómica pré-coronavírus.

O canal de televisão M6 transmitiu uma reportagem com imagens gravadas alegadamente num restaurante clandestino, onde nem os funcionários nem os clientes estavam a usar máscaras.

 

 

Os participantes foram servidos de caviar e champanhe no evento que custou 220 euros por pessoa.

Um dos organizadores do evento, o empresário e colecionador Pierre-Jean-Chalencon, foi brevemente detido para interrogatório pela polícia na sexta-feira ao lado do chef Christophe Leroy.

O empresário, denunciado na reportagem da M6, afirmou ter realizado vários jantares no seu luxuoso Palais Vivienne, no centro de Paris, com a presença de ministros.

“Nesta fase da investigação, não há evidências que indiquem que algum membro do governo tenha participado nos jantares em questão”, disse a polícia após ouvir o seu depoimento.

Esta polémica começa a crescer numa altura em que o terceiro confinamento acabou de ficar mais apertado em França, país que tem visto uma subida de casos e do número de internados nos cuidados intensivos.

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