Eurodeputados expulsos da Venezuela tinham sido notificados de que não eram bem-vindos - TVI

Eurodeputados expulsos da Venezuela tinham sido notificados de que não eram bem-vindos

  • CE
  • 18 fev 2019, 07:08

Ministro dos Negócios Estrangeiros venezuelano afirmou que a delegação do Parlamento Europeu tinha sido notificada "há vários dias" de que "não seria admitida" no país

A delegação do Parlamento Europeu (PE) que foi impedida de entrar na Venezuela, no domingo, tinha sido notificada "há vários dias" de que "não seria admitida" no país, disse esta segunda-feira o ministro dos Negócios Estrangeiros venezuelano.

Por vias oficiais e diplomáticas, as autoridades do Governo Bolivariano da Venezuela, notificaram, há vários dias, o grupo de eurodeputados que pretendia visitar o país com fins conspirativos, que não seria admitido", escreveu Jorge Arreaza, na sua conta oficial da rede social Twitter.

Segundo o ministro venezuelano, as autoridades da Venezuela "instaram" os deputados "a desistir" da visita "e evitar assim outra provocação".

O Governo constitucional da República Bolivariana da Venezuela não permitirá que a extrema direita europeia perturbe a paz e a estabilidade do país com outra das suas grosseiras ações ingerencistas. A Venezuela se respeita!", escreveu Jorge Arreaza numa outra mensagem.

Uma delegação do Parlamento Europeu (PE), que tinha sido convidada pela Assembleia Nacional venezuelana (AN) a visitar a Venezuela, foi no domingo impedida de entrar no país e obrigada a apanhar um voo de regresso a Madrid.

A expulsão dos eurodeputados foi denunciada pelo deputado opositor Francisco Sucre, através da sua conta oficial no Twitter, onde afirma que a delegação já tinha chegado ao Aeroporto Internacional Simón Bolívar de Maiquetía (norte de Caracas), o principal do país.

¡Urgente! En este momento están siendo expulsados de Venezuela Los eurodiputados Esteban González Pons, Esther de Lange, Paulo Rangel, José Ignacio Salafranca Sánchez-Neyra, Gabriel Mato Adrover y Juan Salafranca quienes venían a reunirse con el presidente (e) @jguaido. pic.twitter.com/YOad6Sl9tr
 

Queremos alertar a opinião pública nacional e internacional que o regime usurpador de Nicolás Maduro acaba de proibir a entrada na Venezuela de uma delegação de eurodeputados que vieram a convite da Assembleia Nacional da Venezuela e do seu presidente Juan Guaidó", escreveu.

Segundo Francisco Sucre, a decisão das autoridades venezuelanas foi um "novo atropelo contra a liberdade e a democracia".

Proíbem a entrada aos eurodeputados e retêm os seus passaportes sem razão ou explicação alguma, o que é um abuso de força de um regime que recorre à força para aferrar-se ao poder", sublinhou.

Francisco Sucre publicou ainda um vídeo, em que explica que os deputados mostraram às autoridades uma carta com o convite feito pela presidência da Comissão de Política Exterior do Parlamento, mas que obtiveram como resposta: "isso não vale nada".

A delegação estava composta pelos eurodeputados Esteban González Pons, José Ignácio Salafranca Sánchéz-Neyra e Juan Salafranca.

Dela fazia parte também o eurodeputado português Paulo Rangel, que perdeu o voo de ligação entre Madrid e Caracas.

Portugal condena proibição de entrada de eurodeputados

O Presidente da República considerou "lamentável e condenável" o facto de uma delegação do Parlamento Europeu, que tinha sido convidada pela Assembleia Nacional venezuelana (AN) a visitar o país, ter sido impedida de entrar na Venezuela.

O senhor ministro dos Negócios Estrangeiros usou as expressões adequadas: ‘lamentável e condenável'. É aquilo que o Presidente da República pensa também", disse Marcelo Rebelo de Sousa, que falava aos jornalistas, no Porto, à margem da entrega do prémio Prémio BIAL Medicina Clínica 2018.

O que aconteceu com os eurodeputados impedidos de entrar ontem [no domingo] em Caracas é absolutamente lamentável e condenável”, disse hoje o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva.

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