Havia pornografia infantil em casa de Michael Jackson - TVI

Havia pornografia infantil em casa de Michael Jackson

Michael Jackson

Foram revelados os resultados das buscas à mansão da "Terra do Nunca" feitas em 2003. Vários documentos comprometem o rei da música pop, que morreu em 2009

A polícia de Santa Bárbara, na Califórnia, fez descobertas surpreendentes na mansão do cantor Michael Jackson, em 2003, no seguimento da investigação com base em suspeitas de abuso sexual de menores.

Além de pornografia infantil, foram encontradas imagens de sacrifício animal e de práticas sadomasoquistas.

Os relatórios policiais, agora divulgados pelo site Radar Online, revelam que o cantor possuía, pelo menos, sete coleções de pornografia na famosa propriedade de Neverland, onde vivia. Estas coleções podem ter sido usadas para atrair e depois molestar crianças e jovens.

Ele também tinha imagens repugnantes e absolutamente chocantes de tortura a crianças e adultos, bem como de nudez infantil e sadomasoquismo de mulheres”, revelou o investigador.

Uma das coleções encontradas no seu quarto, chamada Taormina Wilhelm Von Gloeden, é descrita nos documentos judiciais como: "fotos com adolescentes nus, tiradas a partir dos anos 80".

Michael Jackson com os pais, Catherine e Joe

As buscas ocorreram enquanto Jackson estava em Las Vegas. Nela colaboraram 70 membros do Gabinete do County District Attorney de Santa Bárbara e do Departamento do Xerife da mesma cidade. Sabe-se, também, que Mickael Jackson teve uma reação agressiva quando soube que a polícia estava em sua casa. Nessa altura foi emitido um mandato de prisão do cantor pop.

Segundo um investigador, “os documentos mostraram Jackson como uma pessoa manipuladora, um predador sexual e viciado em drogas, que guardava fotografias de animais sacrificados e recorria a arquivos de atos sexuais entre adultos para subordinar as crianças à sua vontade”.

Baseado na minha experiência profissional, este tipo de material pode ser usado para um processo de ‘engate’, onde esse tipo de pessoas (com distúrbios associados a crimes sexuais) conseguem diminuir a inibição das suas vítimas e facilitar o abuso das mesmas”, refere o investigador, com base nos indícios recolhidos.

Durante as buscas, foram ainda identificados um livro com desenhos de crianças nuas, encontrado na arrecadação do cantor; um outro livro que continha fotografias de nus masculinos; e vários livros, encontrados no quarto principal da mansão, com imagens de homens e rapazes nus e semi-nus.

Muitos destes objetos foram usados para atrair os jovens, e o Michael admitiu ter levado várias crianças para a sua cama com ele durante um longo período de tempo”, revelou o assistente senior do District Attorney de Santa Bárbara, Ron Zonen.

Nós identificámos cinco rapazes diferentes, que alegaram abuso sexual. Não tenho dúvidas que o Michael é culpado do crime de pedofilia”, afirma Ron Zonen.

Michael Jackson foi acusado por sete vezes de abuso sexual infantil e duas vezes de fornecimento de álcool a um menor com intenção de o seduzir. Em 2005, foi absolvido de todas as acusações.

Entre as acusações, está a do abuso sexual de  Gavin Arvizio, um jovem que combatia um cancro na época em que alegou os incidentes.  As declarações prestadas pelo jovem de 13 anos apresentaram semelhanças com uma queixa feita uma década antes, quando outro jovem, também de 13 anos, Jordan Chandler, alegou ter sido sexualmente molestado pelo cantor americano.

O jovem conseguiu, sem dificuldade, descrever as nádegas, pêlos púbicos e marcas distintivas nos testículos e pénis de Michael Jackson. O caso terminou com o cantor a pagar 22 milhões de dólares à família Chandler, que retirou a queixa.

Um dos mais famosos cantores Pop de sempre morreu há 7 anos

Depois do primeiro escândalo sexual, denunciado por Jordan Chandler, Michael Jackson deixou os Estados Unidos e mudou-se para o Bahrain, localizado no Mar Pérsico. O cantor regressou ao seu país em 2009 para iniciar a sua digressão musical. Foi encontrado inconsciente em casa em Holmby Hills, Califórnia, em junho do mesmo ano.

A causa da sua morte foi associada a uma intoxicação de benzodiazepina, prescrita e administrada pelo seu médico, Conrad Murray, que foi condenado por homicídio involuntário, em 2011. O médico foi libertado depois de cumprir metade da pena, em 2013.

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