Pedro Sánchez falava na sede nacional do PS, após ter estado reunido cerca de hora e meia com o secretário-geral dos socialistas portugueses, António Costa, que não prestou declarações aos jornalistas no final no encontro.
Perante os jornalistas, o líder do PSOE defendeu que, na sequência das últimas eleições gerais espanholas, "os pactos de governo passam pelos socialistas".
"A Espanha precisa de uma mudança para ter um governo forte, progressista e com capacidade de diálogo, precisamente aquilo que não tem [o primeiro-ministro em exercício] Mariano Rajoy. Uma vez mais dizemos não a uma grande coligação entre PP (Partido Popular) e o PSOE", acentuou.
Pedro Sánchez disse depois que, caso Mariano Rajoy falhe na formação de um novo governo, "o PSOE dirá um sim a uma grande coligação de governo entre forças progressistas, unindo todas as fraturas provocadas pelo executivo do PP ao longo dos últimos quatro anos".
"Em Portugal, António Costa e o PS compreenderam que, quando de umas eleições sai um parlamento fragmentado, mas demonstrando uma vontade de mudança por parte das forças da cidadania, tal como também aconteceu em Espanha, é dever das forças de mudanças entenderem-se", sustentou.
Já no período de perguntas dos jornalistas, o líder do PSOE voltou a recusar qualquer possibilidade de viabilizar uma investidura de Mariano Rajoy como presidente do executivo de Madrid.
Na conferência de imprensa, Pedro Sánchez foi várias vezes interrogado se integra forças nacionalistas naquilo que carateriza como partidos progressistas."Diremos sim a um governo que convoque todas as forças progressistas para fazer frente aos desafios comuns que temos nos próximos quatro anos", disse.
"O que me interessam são as políticas de cada um e não as siglas", argumentou o líder socialista espanhol.