Estados Unidos executaram terceiro condenado à morte esta semana - TVI

Estados Unidos executaram terceiro condenado à morte esta semana

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  • 17 jul 2020, 23:16
Estados Unidos da América

Dustin Honken, antigo estudante de química, matou cinco testemunhas do seu julgamento por tráfico de droga. Estava no corredor da morte desde 2005

Os Estados Unidos executaram, nesta sexta-feira, um antigo estudante de química do Iowa, condenado por matar cinco pessoas, naquela que foi a terceira execução esta semana.

Dustin Honken, acusado de ter matado testemunhas importantes de forma a impedi-las de testemunharem no seu julgamento por tráfico de droga, recebeu uma injeção letal no Complexo Correcional Federal de Terre Haute (Indiana).

Honken estava no corredor da morte desde 2005 e foi o primeiro desde 1963 a ser condenado à morte por um júri de Iowa e a ter a sentença executada.

O preso foi declarado morto às 16:36, noticiou a agência AP.

Conhecido pelas suas declarações durante o julgamento, ao fazer um longo discurso de inocência durante a sentença, Dustin Honken prestou hoje uma declaração breve, sem se dirigir aos familiares das vítimas nem mostrar arrependimento.

O advogado de defesa, Shawn Nolan, realçou que o seu cliente tinha sido “resgatado” e que se arrependeu dos seus crimes.

“Não havia razão para o governo matá-lo à pressa ou de todo. De qualquer forma, eles falharam. O Dustin Honken que eles queriam matar já se foi há muito tempo”, destacou.

Outros dois condenados foram mortos durante a semana na mesma prisão federal. 

Wesley Ira Purkey, natural do Kansas, foi executado apesar da contestação dos advogados de defesa que consideraram ilegal a condenação alegando demência do sentenciado.

Na terça-feira, Daniel Lewis Lee, 47 anos, natural de Yukon (Oklahoma) foi o primeiro executado entre os condenados à morte nos Estados Unidos nos últimos 17 anos.

A decisão de retomar as execuções 17 anos depois tem sido criticada como uma "manobra política perigosa" em ano de eleições presidenciais (3 de novembro próximo), trazendo a lume um tema que não está na lista das principais preocupações dos norte-americanos.

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