Os Estados Unidos executaram, nesta sexta-feira, um antigo estudante de química do Iowa, condenado por matar cinco pessoas, naquela que foi a terceira execução esta semana.
Dustin Honken, acusado de ter matado testemunhas importantes de forma a impedi-las de testemunharem no seu julgamento por tráfico de droga, recebeu uma injeção letal no Complexo Correcional Federal de Terre Haute (Indiana).
Honken estava no corredor da morte desde 2005 e foi o primeiro desde 1963 a ser condenado à morte por um júri de Iowa e a ter a sentença executada.
O preso foi declarado morto às 16:36, noticiou a agência AP.
Conhecido pelas suas declarações durante o julgamento, ao fazer um longo discurso de inocência durante a sentença, Dustin Honken prestou hoje uma declaração breve, sem se dirigir aos familiares das vítimas nem mostrar arrependimento.
O advogado de defesa, Shawn Nolan, realçou que o seu cliente tinha sido “resgatado” e que se arrependeu dos seus crimes.
“Não havia razão para o governo matá-lo à pressa ou de todo. De qualquer forma, eles falharam. O Dustin Honken que eles queriam matar já se foi há muito tempo”, destacou.
Outros dois condenados foram mortos durante a semana na mesma prisão federal.
Wesley Ira Purkey, natural do Kansas, foi executado apesar da contestação dos advogados de defesa que consideraram ilegal a condenação alegando demência do sentenciado.
Na terça-feira, Daniel Lewis Lee, 47 anos, natural de Yukon (Oklahoma) foi o primeiro executado entre os condenados à morte nos Estados Unidos nos últimos 17 anos.
A decisão de retomar as execuções 17 anos depois tem sido criticada como uma "manobra política perigosa" em ano de eleições presidenciais (3 de novembro próximo), trazendo a lume um tema que não está na lista das principais preocupações dos norte-americanos.