Condenado só morreu duas horas depois de levar a injeção letal - TVI

Condenado só morreu duas horas depois de levar a injeção letal

Foto: Arizona Department of Corrections

No estado do Arizona, nos Estados Unidos, que permite a pena de morte, está aberta a polémica sobre a pena capital e como esta é levada a cabo

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Joseph Rudolph Wood, de 55 anos, levou, segundo o seu advogado de defesa, uma hora e 57 minutos até morrer, após lhe ser induzida a injeção letal, na quarta-feira.

O estado do Arizona, nos Estados Unidos, permite a pena capital e este homem encontrava-se no corredor da morte após ser condenado por um duplo homicídio.

No entanto, o tempo que a injeção levou a fazer efeito, abre novamente a caixa da Pandora sobre a abolição da pena capital e, antes disso, sobre o aparente sofrimento das vítimas até o líquido letal fazer efeito.

Durante essas duas horas, o advogado pediu várias vezes que anulassem o processo, mas sem sucesso e o diretor do estabelecimento prisional vaio dizer que supervisionou o processo e que o recluso não estava em sofrimento.

O jornalista da Associated Press, que testemunhou a execução, confirmou que o homem gemeu e sofreu 600 engasgos durante pelo menos uma hora e quarenta minutos, após a introdução do veneno, como escreve a agência.

O caso obrigou à reação da Governadora do estado, Jan Brewer, que afirmou que ia pedir uma revisão da forma como o processo de injeção letal está a ser levado a cabo e o que originou, no caso concreto de Wood, ter necessitado de tanto tempo para fazer efeito.

No reverso estão os familiares das vítimas, que criticam as «preocupações» com o aparente sofrimento de Wood, quando ele perpetuou um crime tão «horrível». Um cunhado de uma das vítimas disse mesmo à AP que «deviam era tê-lo matado com uma bala».

Joseph Wood olhou para a família de Debbie e Gene Dietz, pai e filha, de 29 e 55 anos respetivamente, mortos em 1989 na sua oficina enquanto proferia as suas últimas palavas. Agradeceu a Jesus Cristo e sorriu para os familiares.
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