Joe Biden afirma que mais de 28 mil pessoas já foram retiradas do Afeganistão - TVI

Joe Biden afirma que mais de 28 mil pessoas já foram retiradas do Afeganistão

  • João Guerreiro Rodrigues
  • 22 ago 2021, 23:32

"Não há maneira de retirar tantas pessoas sem dor e sem perdas", disse Joe Biden num discurso à nação

O presidente norte-americano, Joe Biden, revelou este domingo que o exército norte-americano já retirou do Afeganistão cerca de 28 mil civis americanos e cidadãos afegãos que colaboraram com o exército americano, 11 mil dos quais nas últimas 36 horas.

A retirada de pessoas de Cabul vai ser dolorosa, independentemente de quando começássemos. Seria verdade se tivéssemos começado há um mês, ou daqui a um mês. Não há maneira de retirar tantas pessoas sem dor, sem perdas e sem as imagens devastadoras que têm visto na televisão”, admite.

O anúncio foi feito durante uma conferência de imprensa na Casa Branca, onde Biden reforçou a intenção de prosseguir com a evacuação do Afeganistão, admitindo até mesmo alargar o prazo de para evacuar Cabul para além da data de 31 de agosto. 

Para isso, Biden sublinha que foi acionado um mecanismo que permite aos Estados Unidos mobilizar uma frota civil para ajudar nas operações de resgate, no entanto, garante que a prioridade vai ser dada aos cidadãos americanos. 

A nossa prioridade é retirar cidadãos americanos. Temos planos para os contactar e para os transportar em segurança para o aeroporto”, explica.

Recorde-se que os talibãs entraram na capital do Afeganistão em 15 de agosto, quase sem encontrarem resistência, depois de uma ofensiva que começou em maio, quando as forças dos Estados Unidos da América e da NATO (Organização do Tratado do Atlântico Norte) começaram a retirar-se.

As forças internacionais estavam no país desde 2001, no âmbito da ofensiva liderada pelos Estados Unidos contra o regime extremista (1996-2001), que acolhia no seu território o líder da Al-Qaida, Osama bin Laden, principal responsável pelos atentados terroristas de 11 de setembro de 2001.

A tomada da capital pôs fim a uma presença militar estrangeira de 20 anos no Afeganistão, dos Estados Unidos e dos seus aliados na NATO, incluindo Portugal.

 

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