Covid-19: Casa Branca critica autoridades sanitárias pelos atrasos na despistagem - TVI

Covid-19: Casa Branca critica autoridades sanitárias pelos atrasos na despistagem

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  • 17 mai 2020, 23:37
Peter Navarro

Peter Navarro, conselheiro económico da Casa Branca, acusa ainda os centros de prevenção e controlo das doenças de produzirem "um mau teste"

Um responsável da Casa Branca emitiu hoje fortes críticas aos centros de prevenção e controlo das doenças (CDC), a quem atribuiu os atrasos iniciais dos Estados Unidos em termos de despistagem.

“No início da crise os CDC, que tinham o conhecimento mais respeitado do mundo neste domínio, deixaram de facto o país enfraquecido face à despistagem”, declarou à cadeia televisiva CNN Peter Navarro, conselheiro económico da Casa Branca.

 

“Não apenas mantiveram a despistagem na sua administração, mas também produziram um mau teste. Isso provocou-nos um atraso [na resposta]”, acrescento Navarro.

O único teste utilizado no início da epidemia foi desenvolvido pelos CDC segundo uma tecnologia validada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e utilizada no mundo inteiro. Mas devido a um problema reativo, os primeiros kits distribuídos por vezes forneceram resultados não conclusivos, nem positivos, nem negativos.

Os laboratórios públicos dos Estados norte-americanos e os setores privados não foram autorizados a concluir e distribuir os seus próprios testes. Apenas puderam atuar a partir de 29 de abril, após o anúncio da primeira morte por coronavírus nos Estados Unidos e que hoje contabilizam 90.000 mortos.

Desde então, o país aumentou consideravelmente as suas capacidades de despistagem e foram testados mais de 12 milhões de norte-americanos. O presidente Donald Trump tem insistido em felicitar o caminho percorrido.

No entanto, os testes efetuados apenas representam 4% da população do país, colocando a primeira potência mundial no 39º lugar, atrás da Itália, Espanha ou Rússia, segundo o site de estatísticas Worldometer.

Os críticos do presidente receiam que as capacidades de despistagem não sejam suficientes para impedir o surgimento de uma nova vaga de contaminações, numa situação em que numerosos Estados iniciaram as medidas de desconfinamento.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 313.500 mortos e infetou mais de 4,6 milhões de pessoas em 196 países e territórios.

Mais de 1,6 milhões de doentes foram considerados curados.

Os Estados Unidos são o país com mais mortos (89.207) e mais casos de infeção confirmados (quase de 1,5 milhões).

Seguem-se o Reino Unido (34.636 mortos, mais de 243 mil casos), Itália (31.908 mortos, mais de 225 mil casos), França (28.108 mortos, cerca de 180 mil casos) e Espanha (27.650 mortos, mais de 231 mil casos).

A Rússia, com menos mortos do que todos estes países (2.631), é, no entanto, o segundo país do mundo com mais infeções (mais de 281 mil).

Por regiões, a Europa soma mais de 166 mil mortos (quase 1,9 milhões de casos), Estados Unidos e Canadá mais de 95.000 mortos (mais de 1,5 milhões de casos), América Latina e Caribe mais de 28.700 mortos (mais de 500 mil casos), Ásia mais de 12.100 mortos (mais de 355 mil casos), Médio Oriente mais de 8.100 mortos (quase 280 mil casos), África 2.735 mortos (mais de 82.500 casos) e Oceânia com 126 mortos (quase 8.400 casos).

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