Primeiro-ministro palestiniano escapa a atentado em Gaza - TVI

Primeiro-ministro palestiniano escapa a atentado em Gaza

  • AR
  • 13 mar 2018, 11:25
Primeiro-ministro palestiniano Rami Hamdallah

Caravana de viaturas onde seguia Rami Hamdallah foi alvo de uma explosão que provocou sete feridos. Fatah responsabiliza responsáveis do Hamas

Sete pessoas ficaram feridas esta terça-feira em Gaza na sequência de uma explosão que tentou atingir o veículo em que seguia o primeiro-ministro da Autoridade Palestiniana, Rami Hamdallah, disseram à Agência France-Presse elementos das forças segurança.

Hamdallah e o chefe dos serviços de informações palestiniano Majid Faraj, que também se encontrava na comitiva de visita a Gaza, não ficaram feridos, acrescentaram as fontes da AFP.

Testemunhas e elementos da delegação indicaram que, pelo menos, sete pessoas ficaram feridas mas ainda não se conhece a identidade das vítimas.

Hamdallah estava em Gaza para inaugurar uma fábrica no norte da região, sendo que vai encurtar a visita, na sequência do incidente, que a Fatah (partido político nacionalista) já considerou como uma "tentativa de assassinato".

A Fatah responsabilizou imediatamente responsáveis do Hamas, pelo "ataque cobarde" à caravana, aumentando a já tensa relação entre as duas fações palestinianas.

O Hamas, por seu lado, ainda não respondeu às acusações da Fatah, mas confirmou o incidente, condenou a explosão, considerando-a "um crime e uma tentativa para prejudicar os esforços de união e reconciliação", e prometeu uma investigação "urgente".

O chefe da segurança do Presidente Mahmoud Abbas, Majed Farraj, presente no incidente, adiantou, por seu lado, ser "ainda cedo" para determinar a responsabilidade da explosão.

Hamdallah, que tem a sua base na Margem Ocidental (Cisjordânia), garantiu já que nada o impedirá de visitar a Faixa de Gaza.

Viremos sempre que tivermos de vir a Gaza", frisou.

Nos últimos meses, as duas fações rivais têm envidado esforços de reconciliação, depois da divisão, em 2007, quando o Hamas tomou o controlo de Gaza às forças da Fatah, mas as tentativas têm sido sempre boicotadas por diferentes razões.

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