Sete pessoas ficaram feridas esta terça-feira em Gaza na sequência de uma explosão que tentou atingir o veículo em que seguia o primeiro-ministro da Autoridade Palestiniana, Rami Hamdallah, disseram à Agência France-Presse elementos das forças segurança.
Hamdallah e o chefe dos serviços de informações palestiniano Majid Faraj, que também se encontrava na comitiva de visita a Gaza, não ficaram feridos, acrescentaram as fontes da AFP.
Testemunhas e elementos da delegação indicaram que, pelo menos, sete pessoas ficaram feridas mas ainda não se conhece a identidade das vítimas.
Hamdallah estava em Gaza para inaugurar uma fábrica no norte da região, sendo que vai encurtar a visita, na sequência do incidente, que a Fatah (partido político nacionalista) já considerou como uma "tentativa de assassinato".
A Fatah responsabilizou imediatamente responsáveis do Hamas, pelo "ataque cobarde" à caravana, aumentando a já tensa relação entre as duas fações palestinianas.
O Hamas, por seu lado, ainda não respondeu às acusações da Fatah, mas confirmou o incidente, condenou a explosão, considerando-a "um crime e uma tentativa para prejudicar os esforços de união e reconciliação", e prometeu uma investigação "urgente".
O chefe da segurança do Presidente Mahmoud Abbas, Majed Farraj, presente no incidente, adiantou, por seu lado, ser "ainda cedo" para determinar a responsabilidade da explosão.
Hamdallah, que tem a sua base na Margem Ocidental (Cisjordânia), garantiu já que nada o impedirá de visitar a Faixa de Gaza.
Viremos sempre que tivermos de vir a Gaza", frisou.
Nos últimos meses, as duas fações rivais têm envidado esforços de reconciliação, depois da divisão, em 2007, quando o Hamas tomou o controlo de Gaza às forças da Fatah, mas as tentativas têm sido sempre boicotadas por diferentes razões.