A bandeira do racismo
A bandeira volta a estar no centro da polémica, cinco dias depois de Dylann Roof ter entrado numa igreja de Charleston e assassinado 9 pessoas, de raça negra, incluindo a senadora estadual Clementa Pinckney.
Dylann Roof, um jovem de 21 anos, ligado a um movimento supremacista branco, publicou na internet fotografias onde surge com a bandeira confederada nas mãos e cospe e incendeia a bandeira americana. À polícia, após o massacre, Dylann confessou que o seu objectivo era iniciar "uma guerra racial".
Poder branco
O caso reavivou o debate e desencadeou protestos contra esta bandeira que representou a escravatura vigente nos estados do sul. Em 1865, a Confederação foi derrotada pelos unionista do norte, mas permaneceram os linchamentos a afro-americanos até às primeiras décadas do século XX, a segregação racial até aos anos 50 e o racismo branco que ainda hoje perdura em vários grupos como o Ku Klux Klan e o Conselho dos Cidadãos Conservadores que o próprio Dylan considera responsável pela sua radicalização. O CCC é tradicional financiador de candidatos do partido republicano, incluindo os atuais aspirantes à Casa Branca, Ted Cruz, Rick Santorum e Rand Paul.
Símbolo rejeitado
O que muitos desconhecem é que a bandeira hoje popularizada em t-shirts, autocolantes e outros artigos, nunca foi a bandeira oficial dos estados confederados. Na verdade foi rejeitada em 1861 a favor de uma outra conhecida por "stripes and stars", (trad: bandeira das barras). No entanto, o Exército da Virgínia do Norte, principal força confederada, escolheu-a como bandeira de guerra contribuindo para o seu reconhecimento como símbolo do movimento nacional reivindicativo dos estados do sul.