Negro detido e amarrado a corda por agente a cavalo processa cidade e polícia - TVI

Negro detido e amarrado a corda por agente a cavalo processa cidade e polícia

Homem detido e levado a pé por polícia a cavalo

Caso ocorreu em agosto de 2019 no Texas, nos Estados Unidos, mas só agora chega a tribunal, com Donald Neely, de 44 anos, a pedir uma indemnização de um milhão de dólares, cerca de 850 mil euros

Um homem negro, que foi detido e amarrado a uma corda por um agente a cavalo, decidiu processar a cidade e a polícia.

Caso ocorreu em agosto de 2019 no Texas, nos Estados Unidos, mas só agora chega a tribunal, com Donald Neely, de 44 anos, a pedir uma indemnização de um milhão de dólares, cerca de 850 mil euros, pela humilhação e medo sofridos. 

Donald Neely, que na altura era sem-abrigo, dormia no passeio quando foi detido. O homem foi, depois, amarrado pelos pulsos com uma corda e teve de caminhar a pé pelo bairro, puxado por um agente de uma patrulha a cavalo.

Então, o momento foi fotografado e filmado, tendo gerado polémica e indignação na sociedade. Num vídeo que ainda circula nas redes sociais é possível ouvir um dos agentes da patrulha a dizer para outro, mais do que uma vez, que levar o detido amarrado pela cidade iria "parecer mal".

De acordo com a ação que deu entrada no tribunal no início de outubro, a conduta da polícia é considerada "extrema e ultrajante", tendo causado à vítima sofrimento físico e emocional.

A queixa apresentada acusa, ainda, a cidade e a polícia de negligência e que os agentes deveriam saber que o detido consideraria ofensivo ser conduzido por uma corda "como se fosse um escravo".

Donald Neely pede, também, para ser julgado por um tribunal de júri.

À data dos factos, o chefe da polícia de Galveston considerou a ocorrência "uma técnica treinada e a melhor prática em algumas situações", no entanto, admitiu que os seus agentes "revelaram pouco discernimento", ainda que tenham desrespeitado a lei.

As autoridades visadas recusaram comentar a ação que deu entrada no tribunal, mas marcaram uma conferência de imprensa de atualização do caso para 7 de janeiro de 2021.

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