Desalojamento de edifícios abandonados no Rio de Janeiro faz vários feridos - TVI

Desalojamento de edifícios abandonados no Rio de Janeiro faz vários feridos

Mais de 1.500 polícias iniciaram esta madrugada uma operação para retirar perto de cinco mil pessoas do local

Várias pessoas ficaram feridas este sábado, incluindo crianças e polícias, durante uma operação para desalojar centenas de famílias que viviam em edifícios abandonados no Rio de Janeiro, noticiou a cadeia britânica BBC.

Mais de 1.500 polícias iniciaram esta madrugada (hora no Brasil) uma operação para retirar perto de cinco mil pessoas do local, que pertence a uma empresa de telecomunicações.

Algumas famílias abandonaram o lugar pacificamente, mas outras resistiram e atiraram pedras à polícia, que respondeu com granadas de gás lacrimogéneo contra a multidão, na qual se encontravam centenas de crianças.

Veículos foram incendiados e supermercados pilhados, enquanto gruas e tratores demoliam barracas de madeira construídas em redor dos edifícios, muitas ainda com os pertences de residentes, que não tiveram tempo para retirar as suas coisas.

A polícia «chegou aqui, partiu tudo e arrastou as pessoas do local», disse Sandro Sousa, um dos ocupantes da zona. «Ficámos sem casa e agora estávamos a tentar arranjar uma», disseram, de acordo com a BBC.

As autoridades municipais do Rio de Janeiro afirmaram ter oferecido assistência às famílias desalojadas, «mas apenas 177 ocupantes aceitaram os apoios», apresentados por equipas de assistentes sociais, que se deslocaram ao local, noticiou o portal noticioso brasileiro Globo.

«O município forneceu camiões, autocarros e maquinaria para que os trabalhos de limpeza e a operação de desalojamento decorressem ordeiramente», indicou a autarquia num comunicado.

A polícia brasileira afirmou que a operação decorreu como planeado e respeitou os procedimentos habituais.

O local abandonado, no norte da cidade, começou a ser ocupado há dez dias por várias famílias, oriundas de favelas ou de bairros pobres.

Rapidamente, aquela área começou a ser denominada como a mais nova favela do Rio.

Propriedade de uma empresa de telecomunicações, os edifícios situam-se a curta distância de um dos locais onde vão decorrer os Jogos Olímpicos de 2016.
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