Conselho de Segurança da ONU reúne-se de urgência para debater crise polaco-bielorrussa - TVI

Conselho de Segurança da ONU reúne-se de urgência para debater crise polaco-bielorrussa

  • Agência Lusa
  • CM
  • 10 nov 2021, 21:57

Mais de 2.000 migrantes estão acampados há vários dias numa área arborizada na Bielorrússia no meio de baixas temperaturas. Do lado polaco da fronteira, Varsóvia instalou uma cerca de arame farpado, vigiada por 15.000 soldados

O Conselho de Segurança da ONU vai reunir-se de urgência para debater a crise de migrantes na fronteira entre a Polónia e a Bielorrússia. A reunião deverá ocorrer nesta quinta-feira à tarde.

Segundo a agência noticiosa France-Presse (AFP), que cita fontes diplomáticas da ONU, a reunião decorrerá à porta fechada, numa altura em que a tensão entre a Polónia e a Bielorrússia não dá sinais de diminuir.

A Bielorrússia conta com o apoio da vizinha Rússia, enquanto a Polónia acusa o presidente bielorrusso de politizar a questão dos migrantes, na maioria do Médio Oriente e da Ásia, para promover um "terrorismo de Estado".

Tais situações não devem ser usadas por razões políticas e tornar-se numa causa de tensão entre os estados. O secretário-geral [da ONU, António Guterres] acompanha com preocupação a situação na fronteira entre a Bielorrússia e a Polónia", defendeu hoje o porta-voz da ONU, Stéphane Dujarric, na conferência de imprensa diária, realçando a "importância de administrar as questões de migração e refugiados" de acordo com os princípios humanitários e o direito internacional. 

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Mais de 2.000 migrantes estão acampados há vários dias numa área arborizada na Bielorrússia no meio de baixas temperaturas. Do lado polaco da fronteira, Varsóvia instalou uma cerca de arame farpado, vigiada por 15.000 soldados.

Os europeus acusaram o presidente da Bielorrússia, Aleksandr Lukashenko, apoiado pelo homólogo russo, Vladimir Putin, de estar a alimentar a crise há várias semanas, através da emissão de vistos para os migrantes e transportando-os para a fronteira com a Polónia, limite da União Europeia (UE), como uma forma de vingança pelas sanções impostas por Bruxelas.

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