Malásia anuncia a "maior descoberta de lixo ilegal" alguma vez feita no país - TVI

Malásia anuncia a "maior descoberta de lixo ilegal" alguma vez feita no país

Poluição

Ao todo eram 110 contentores, com 1.800 toneladas de resíduos, que agora vão ser devolvidos ao país de origem, a Roménia. Produtos tinham como destino a Indonésia

A Malásia anunciou ter descoberto mais de uma centena de contentores de lixo ilegal num porto, uma descoberta que já foi descrita pelas autoridades como “a maior do género” na história do país.

De acordo com as autoridades, os contentores foram encontrados no final de junho no porto de Tanjung Pelepas, no estado de Johor, segundo a imprensa local. Ao todo, continham 1.800 toneladas de lixo.

Segundo a polícia, dentro de cada estava um subproduto perigoso da produção de aço, contendo elementos tóxicos como chumbo e cromo. Os produtos eram originários da Roménia e foram falsamente declarados como zinco concentrado.

“A descoberta, em trânsito na Malásia, com destino à Indonésia, é a maior descoberta deste género feita alguma vez no país”, referiu o atual ministro do Ambiente e da Água, Tuan Ibrahim.

Após a descoberta, a Malásia está a devolver o lixo à Roménia e já pediu à Interpol para investigar o incidente.

Desde que a China proibiu as importações de resíduos de plástico em 2018, na tentativa de criar um meio ambiente mais limpo, muitos países criaram lixeiras alternativas, criando problemas para muitos países, como o Camboja, Malásia e Filipinas.

Um problema que tem vindo a crescer

No início do ano, as autoridades malaias anunciaram que devolveram 150 contentores ilegais de lixo para os seus países de origem, rejeitando que o país se torne num “aterro sanitário”.

Nessa altura, 43 contentores foram devolvidos a França, 42 ao Reino Unido, 17 aos Estados Unidos e 11 ao Canadá, contendo cerca de 3737 toneladas de resíduos.

O governo garantiu que as autoridades “tomarão as medidas necessárias para garantir que a Malásia não se torna o depósito de lixo do mundo”.

“Não queremos pagar um único centavo. As pessoas enviam-nos lixo, não devemos pagar para devolvê-lo”, sublinhou o governo.

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