Morreu um português no ataque ao hotel no Burkina Faso - TVI

Morreu um português no ataque ao hotel no Burkina Faso

Um outro cidadão português escapou ileso, confirmou a Secretaria de Estado das Comunidades

Um cidadão português é uma das vítimas mortais no ataque terrorista de um comando jihadista da Al-Qaeda, na sexta-feira, contra um hotel e restaurante de Ouagadougou, capital do Burkina Faso, confirmou a TVI24 junto do secretário de Estado das Comunidades.

Entre os 29 mortos, de acordo com o último balanço, está, assim, "um cidadão de nacionalidade portuguesa, casado com uma cidadã francesa, pai de quatro filhos, com 51 anos de idade", precisou José Luís Carneiro, depois de, inicialmente, ter dito "não haver registo de portugueses feridos ou mortos".

No hotel onde se verificou o ataque estava um outro cidadão português, consultor da União Europeia, que saiu ileso, acrescentou o governante, salientando que esta informação foi recolhida pelos serviços consulares de Portugal no Senegal.

Um balanço divulgado neste sábado, na capital do Burkina Faso, diz que 29 pessoas foram mortas e 30 feridas no ataque de um comando jihadista, na sexta-feira, contra um hotel e restaurante de Ouagadougou, frequentado por estrangeiros.

No sábado, o ministro suíço dos Negócios Estrangeiros disse que dois suíços foram mortos no ataque, e o primeiro-ministro canadiano afirmou que seis canadianos estão entre as vítimas mortais. A Holanda anunciou que também perdeu um cidadão neste ataque. Mais tarde, os Estados Unidos confirmaram a morte de um cidadão norte-americano, prometendo apoio aos "aliados em África para combater a ameaça" do terrorismo.

Uma fonte próxima do procurador de Ouagadougou, citada pela agência France-Presse, disse que a maioria das vítimas é constituída por estrangeiros, brancos, tendo-se referido ainda à morte de cinco nacionais do Burkina Faso.

Segundo o ministro da Segurança Interna do Burkina Faso, os corpos de três jihadistas, todos homens, já foram identificados, precisando que os assaltantes eram “muito jovens”.

“Aqueles que os viram calculam que eram muito jovens, o mais velho não deveria ter mais de 26 anos”, declarou o ministro, antes de adiantar que o grupo atacante chegou ao hotel em veículos com matrículas do Níger.

Fonte da segurança tinha antes evocado a presença de, pelo menos, quatro jihadistas, incluindo duas mulheres.

Na noite de sexta-feira os jihadistas atacaram o restaurante Capuccino e o hotel Splendid, de quatro estrelas, frequentados sobretudo por ocidentais. Foram necessárias 12 horas para as forças da ordem assumirem o controlo da situação, já na manhã de hoje.

O ataque foi reivindicado pela Al-Qaeda do Magrebe Islâmico (AQMI), através de combatentes do grupo Al-Murabitun, liderados pelo histórico jihadista argelino Mokhtar Belmokhtar.
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