Finalmente, juntos. E às vistas do mundo.
Barack Obama e Donald Trump encontraram-se esta quinta-feira na Sala Oval da Casa Branca, . E apesar das restrições, após hora e meia de conversa, as imagens acabaram por sair.
.@POTUS with @realDonaldTrump in Oval Office pic.twitter.com/Jj4EuSYNiG
— Jeff Mason (@jeffmason1) 10 de novembro de 2016
Donald Trump venceu as eleições do passado dia 8, que o colocarão como 45.º presidente dos Estados Unidos, 240 anos após a independência do país.
O encontro desta quinta-feira na Casa Branca, em Washington, foi proposto pelo ainda presidente Barack Obama, eleito há oito anos pelo Partido Democrata. O republicano Trump aceitou-o e esteve reunido com ele, cerca de hora e meia, na sede do poder nos Estados Unidos.
A fiar pelas informações das agências de informação internacionais, enquanto Trump falou com Obama, a sua mulher Melania reúniu-se com a atual primeira-dama, Michelle.
Já o eleito vice-presidente Mike Pence terá estado reunido com o número dois de Obama, ainda em funções, Joe Biden.
O que disseram, para fora
Trump e Obama encontraram-se pela primeira vez. Palavras de circunstância foram as que conseguiram ser captadas após a reunião. Até ver.
Uma conversa excelente", foi como resumiu Obama o que falou com o seu sucessor. Sobre a transição de poder, acrescentou ter ficado cativado com a vontade de Trump para trabalhar com a sua equipa nos assuntos importantes do país. Porque é fundamental para todos, "que estejam unidos agora para enfrentar os desafios".
Também o próximo inquilino da Casa Branca foi parco em palavras, após o encontro com Obama.
Uma grande honra", foi a expressão usada por Trump para sintetizar a reunião.
Viagem por conta própria
Trump viajou de Nova Iorque para Washintgon no seu avião privado. Contrariamente a casos anteriores de transição de poderes nos Estados Unidos, não transportou consigo jornalistas para documentar a ocasião, segundo o relato da agência Associated Press.
Contrariando o que também é habitual, foi Obama que recusou a tradicional foto dos casais, consigo e a mulher Michelle, juntamente com Trump e Melania.
Pelo lado de Trump, queixam-se os jornalistas de não terem podido presenciar o habitual aperto de mãos à chegada com o ainda presidente Obama. Que aliás fez uma dura campanha eleitoral contra o magnata, mas que prometeu na quarta-feira assegurar uma transição de poder sem ressentimentos. Tal como, há oito anos, o republicano George Bush fizera consigo.
Trump not allowing coverage of his movements today, so we have no photo as in yrs past of Obamas & Trumps greeting each other at White House
— Julie Davis (@juliehdavis) 10 de novembro de 2016
Apesar dos relatos via Twitter dos repórteres das agências de informação, sobre a impossibilidade de testemunharem como era costume o encontro entre Obama e Trump, às portas da Casa Branca, residência oficial do presidente norte-americano, muitas pessoas, funcionários da presidência, aguardavam para ver o futuro inquilino.
Regresso à Casa Branca
Enquanto não foi possível aceder a detalhes do encontro, os meios de comunicação aproveitaram as redes digitais para recordar pormenores da vida de Donald Trump, tal como para começar a especular sobre a constituição do seu futuro governo.
Sobre a ida à Casa Branca, esta quinta-feira, mostra-se que será, pelo menos, a segunda vez que Trump ali entra. Em 1987, o magnata da construção, que depois abraçou o showbusiness e a televisão, encontrou-se numa receção com o então presidente Ronald Reagan. Que fora antes um ator secundário em westerns de série B e chegou ao poder para cumprir dois mandatos.
This is not Donald Trump's first time at the White House pic.twitter.com/BQKrD0cxz3
— Chris Donovan (@chrisdonovan) 10 de novembro de 2016
Há quase trinta anos, Donald Trump era um quarentão, empresário, ainda casado com a sua primeira mulher Ivana. Esta quinta-feira, deu o primeiro passo após a eleição para ocupar a chefia dos Estados Unidos.
Equipa à Trump
Na comunicação social, norte-americana, essencialmente, começa a especular-se sobre os nomes que poderão ser convidados por Donald Trump para a sua equipa governativa.
Para a fundamental pasta do Tesouro, a televisão CNBC adiantou o nome do presidente executivo do JP Morgan, James Dimon. Ato contínuo, as ações do banco subiram 3,2% na bolsa.
De acordo com uma resenha feita pela agência de informação Reuters, os jornais avançam com outros nomes. Por exemplo, Newt Gingrich, antigo porta-voz do Congresso e candidato vencido nas primárias republicanas em 2011, é apontado como o próximo secretário de Estado, ficando a seu cargo a diplomaica e as relações exteriores dos Estados Unidos.
Para Procurador Geral, o nome apontado é o de Ruddy Giulliani, antigo presidente camarário de Nova Iorque, que falhou a nomeação pelos republicanos para se candidatar à Casa Branca em 2008, contra Barack Obama.