Covid-19: Biden pretende acelerar vacinação nos EUA com “milhares” de centros - TVI

Covid-19: Biden pretende acelerar vacinação nos EUA com “milhares” de centros

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  • JGR
  • 15 jan 2021, 23:37
Joe Biden recebe a segunda dose da vacina

O presidente eleito quer vacinar 100 milhões de pessoas nos seus primeiros 100 dias no poder

O presidente-eleito norte-americano, Joe Biden, pretende acelerar a vacinação para a covid-19 em todo o país com a abertura de “milhares” de centros de proximidade, incluindo em pavilhões desportivos e estádios, e contratação de pessoal hospitalar.

“Vamos aplicar a totalidade dos recursos do Governo federal para abrir milhares de centros de vacinação de proximidade”, disse esta sexta-feira Biden em conferência de imprensa, um dia depois da apresentação pública do seu “Plano de Resgate Americano”, avaliado em 1,9 biliões de dólares, a aplicar no combate à pandemia de Covid-19 e em medidas de estímulo económico. 

Para administrar as vacinas, incluindo em infraestruturas como estádios e pavilhões desportivos, está prevista a contratação de cerca de 100 mil prestadores de cuidados de saúde.

O principal objetivo é atingir 100 milhões de vacinas nos primeiros 100 dias da nova administração, de forma a permitir reabrir a maioria das escolas até à primavera, estando inscritos no plano 130 mil milhões de dólares para apoiar o acesso seguro de pessoal escolar aos estabelecimentos de ensino.

Quase um mês depois do início da vacinação, foram aplicadas 12,3 milhões de doses de vacinas para a covid-19, apenas 39% de mais de 31 milhões entregues pelas farmacêuticas.

Segundo a Associação Hospitalar Americana, cerca de 246 milhões de doses terão de ser aplicadas para ser alcançada a “imunidade de grupo” e conter a propagação do vírus.

Num discurso ao país, na quinta-feira, Joe Biden afirmou que o país está “no meio de uma crise económica, que ocorre uma vez em várias gerações, com uma crise de saúde que sucede uma vez em várias gerações", afirmou Biden.

O democrata salientou a urgência em travar a expansão da pandemia, que atingiu fortemente o país, e lamentou que o lançamento da vacina "tenha sido um fracasso até agora". 

O plano de Biden, que o líder democrata no Senado Chuck Schumer disse que será o primeiro na ordem de trabalhos do Congresso após a investidura do novo presidente, contempla no total 1,5 biliões para apoio financeiro e assistência aos Estados e localidades e ainda 400 mil milhões para o combate à pandemia.

Hoje, o presidente-eleito disse ainda que irá recorrer a legislação do tempo da Guerra Fria, a Lei de Produção para a Defesa, para intervir diretamente na fabricação de vacinas, de modo a aumentar a produção destas e de materiais necessários à sua aplicação.

Até agora, a maioria dos Estados tem-se focado na vacinação de pessoal médico e de idosos com mais de 75 anos.

Hoje, Biden apelou a que os Estados comecem a vacinar idosos a partir dos 65 anos e jovens com problemas de saúde, tal como já tinha feito o presidente cessante, Donald Trump.  

Biden definiu ainda como objetivo melhorar a comunicação com os Estados sobre a distribuição de vacinas. 

Os Estados Unidos são o país com maior número total de casos de Covid-19, mais de 23,3 milhões, que causaram quase 389 mil vítimas mortais.

As medidas do “Plano de Resgate Americano” serão financiadas com recurso a endividamento do Estado, somando-se a biliões já aplicados em medidas de estímulo e aquisição de vacinas para a Covid-19.

Responsáveis da equipa de Biden defenderam à AP que as atuais baixas taxas de juro tornam gerível o endividamento adicional. 

Para liderar o plano de vacinação contra a covid-19, Biden escolheu David Kessler, que chefiou a Agência de Alimentos e Medicamentos (FDA, na sigla em inglês) na década de 1990, em mandatos de presidentes de ambos os partidos políticos, e tem atuado como um dos principais conselheiros para a pandemia na equipa de Biden, tendo a sua nomeação sido anunciada hoje pela comissão de transição de poderes presidenciais nos EUA.

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