Marco Archer foi preso, em 2004, na Indonésia, quando a polícia descobriu, através do raio-x do aeroporto, que tinha cocaína escondida nos tubos da asa delta. Archer conseguiu fugir do aeroporto, mas duas semanas depois acabou por ser preso novamente. A condenação para o crime de tráfico de droga na Indonésia é de pena de morte.
Renato Vianna, ex-cônsul do Brasil, afirmou à «Globo» que: «A Indonésia é um país tranquilo, aberto, mas muito restrito em relação às drogas. Se alguém for apanhado com um cigarro de marijuana, vai ser preso e arrisca-se a passar oito anos na prisão».
A Indonésia negou todos os pedidos de perdão feitos pela defesa do brasileiro para evitar a execução. No Brasil, não existe pena de morte.
Mas o caso de Marco Archer não foi o único. Rodrigo Gularte foi outro brasileiro preso e condenado à morte, em julho 2004, em Jacarta. Também neste caso o pedido de perdão foi pedido pela presidente Dilma Rousseff, mas acabou por ser negado pelo presidente da Indonésia.
Gularte era surfista e foi preso no aeroporto de Jacarta com 12 pacotes de cocaína. A droga estava escondida em oito pranchas, quando o surfista estava a caminho da ilha do Bali.
Atualmente, o advogado de Gularte está a tentar contornar a execução apontando uma doença psiquiátrica.
«Ele tem um quadro de esquizofrenia diagnosticado por médicos que o examinaram no ano passado e tem de ser internado num hospital psiquiátrico. Penso que isso evitará, pelo menos momentaneamente, uma execução», afirmou o advogado.