Príncipe Harry revela que recorreu ao álcool para tentar lidar com a dor da morte da mãe Diana - TVI

Príncipe Harry revela que recorreu ao álcool para tentar lidar com a dor da morte da mãe Diana

No primeiro de três episódios de The Me You Can't See, o príncipe falou sobre a ansiedade e os ataques de pânico que teve já enquanto membro sénior da família real britânica

O príncipe Harry voltou a abrir o coração a Oprah Winfrey, desta vez numa série focada na saúde mental. O Duque de Sussex revelou que chegou a beber em apenas um dia, uma quantidade de álcool equivalente a uma semana. Isto, para tentar lidar com o trauma da morte da mãe, a princesa Diana. 

Recorde-se que Harry tinha apenas 12 anos quando Diana morreu, em 1997, vítima de um acidente de viação na sequência de uma perseguição de paparazzi.

No primeiro de três episódios de The Me You Can't See, o príncipe falou sobre a ansiedade e os ataques de pânico que teve já enquanto membro sénior da família real britânica.

Cada vez que vestia um fato e gravata tinha de interpretar um papel e: 'pronto, cara séria', olhar no espelho e dizer 'bora lá'. E ainda antes de sair de casa já estava a suar. Estava em modo combate", descreveu.

E foi o funeral da mãe uma das memórias de infância mais traumáticas que marcaram Harry: o momento em que foi fotografado com o irmão, pai, tio e avô a caminhar atrás do caixão de Diana.

Para mim, a coisa que mais me lembro era o som dos cascos dos cavalos ao longo do Mall. Era como se estivesse fora do meu corpo e apenas a andar e a fazer aquilo que esperavam de mim. Mostrar um décimo de emoção que toda a gente estava a mostrar: isto era a minha mãe, e vocês nem sequer a conheceram", desabafou.

Mesmo uma década após a morte da princesa, o duque afirma agora que estava disposto a tomar drogas "para sentir menos o que estava a sentir" e descreve a idade entre os 28 e 32 como "um pesadelo".

E acrescentou: "Estava disposto a beber, estava disposto a tomar drogas, estava disposto a tentar e fazer coisas que me fizessem sentir menos o que estava a sentir"

O duque revelou que bebia o equivalente a uma semana, numa noite de sexta-feira ou sábado: "Não porque estava a gostar, mas porque estava a tentar mascarar alguma coisa".

Estava mentalmente descompensado", afirmou.

Por outro lado, Harry destaca os dez anos que esteve no exército como o período mais feliz da sua vida, uma vez que não recebia "tratamento especial". O príncipe acabou por sair do exército aos 30 anos e conheceu a futura mulher, Meghan, um ano depois.

O duque admitiu ainda que alguns membros da família chegaram a dizer-lhe "apenas entra no jogo e a tua vida vai ser mais fácil".

Mas eu tenho muito da minha mãe em mim", destacou. "Sinto-me como se estivesse fora do sistema, mas ainda estou lá preso. A única forma de me libertar é dizer a verdade".

Uma das primeiras palavras de Archie foi "avó"

O príncipe Harry revelou ainda a tristeza que sente pelo seu filho, Archie, nunca vir a conhecer a avó Diana. E o seu nome esteve mesmo entre as primeiras palavras do bebé.

Na entrevista, o príncipe conta: "Coloquei uma fotografia dela no quarto dele, e foi uma das primeiras palavras que disse - para além de "mamã", "papá", e depois "avó". Avó Diana".

É a coisa mais ternurenta mas, ao mesmo tempo, deixa-me muito triste porque ela devia estar aqui", concluiu.

O príncipe Harry acusa ainda a família real de ter sido negligente em relação à luta que ele e a mulher Meghan travaram pela saúde mental. A família tentou impedir que se afastassem quando ela revelou pensamentos suicidas

Para Harry, a incapacidade da família em ajudar Meghan foi um dos principais motivos para sua saída do Reino Unido, alegando que seus pedidos de ajuda foram rejeitados e negligenciados.

Harry admite que sentiu que a história se estava a repetir com Meghan e que tinha medo de a perder tal como perdeu a mãe, Diana.

Reconhece ainda que sentiu medo quando regressou a Inglaterra para participar no funeral do avô

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