Tailandesa condenada a pena recorde de 43 anos por insulto à família real - TVI

Tailandesa condenada a pena recorde de 43 anos por insulto à família real

  • João Guerreiro Rodrigues
  • JGR
  • 20 jan 2021, 09:24
Covid-19

Inicialmente, o tribunal criminal de Banguecoque tinha sentenciado a ativista a 87 anos de prisão, mas decidiu diminuir a pena para metade depois da acusada ter confessado os crimes

Uma mulher foi sentenciada pelo tribunal tailandês a 43 anos de prisão por insultar a monarquia, numa decisão que é vista por muitos analistas como “um aviso” para a crescente onda de protestos de exige a reforma do reino.

Anchaan Preelert, de 65 anos, confessou-se culpada de partilhar clipes áudio no Youtube e no Facebook considerados críticos da família real, entre 2014 e 2015. Foi acusada de 29 crimes, cada um deles corresponde a três anos de prisão.

Inicialmente o tribunal criminal de Banguecoque tinha sentenciado a ativista a 87 anos de prisão, mas decidiu diminuir a pena para metade depois da acusada ter confessado os crimes.

Esta é vista como uma das sentenças mais duras algumas vez passadas para o crime de lesa majestade e que surge poucos meses depois dos protestos que pediram a reforma da monarquia tailandesa e uma maior liberdade democrática.

O país, recorde-se, tem uma das leis mais punitivas contra a difamação do rei. A legislação, conhecida com lesa majestade, pode resultar numa pena de 15 anos de prisão por cada condenação.

O ano passado, o país presenciou o crescimento de um movimento de protestos que reclamava a reforma democrática do país, que durou mais de cinco meses.

De 24 de novembro a 31 de dezembro, pelo menos 38 pessoas foram acusadas de crimes de lesa majestade, incluindo um menor e vários estudantes universitários, de acordo com um grupo de advogados que lutam pelos direitos humanos no país.

Citado pela CNN, Thitinan Pongsudhirak, cientista político e diretor do Instituto de Segurança e de Estudos Internacionais da universidade de Chulalongkorn, a condenação de Anchan significa que “as leis de lesa majestade voltaram em força”.

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