Proibida manifestação pacífica contra presidente angolano - TVI

Proibida manifestação pacífica contra presidente angolano

José Eduardo dos Santos (Reuters)

Governador de Luanda alegou questões de segurança

O governador provincial de Luanda, Graciano Domingos, alegou questões de segurança para proibir a realização de uma manifestação pacífica na capital angolana, a 11 e 12 de novembro, que pretendia exigir a demissão do Presidente de Angola.

Em causa estava a manifestação que os promotores, o Conselho Nacional de Ativistas, auto-intitulados "defensores dos direitos humanos" em Angola, pretendiam realizar nos dois dias em frente ao palácio presidencial e ao Tribunal Constitucional. As ações coincidiam com as comemorações oficiais dos 40 anos da independência angolana.

Na decisão de proibir a manifestação - intenção comunicada pelos organizadores ao governo provincial -, Graciano Domingos invocou a lei sobre o direito de reuniões e manifestações, recordando que em termos legais, por "razões de segurança", estas não podem ocorrer "a menos de 100 metros das sedes dos órgãos de soberania".

Angola tem estado sob as atenções da comunidade internacional depois da prisão preventiva de 15 jovens ativistas, em junho. Os jovens são, segundo as autoridades angolanas, suspeitos de estarem a preparar um atentado contra o Presidente e outros membros dos órgãos de soberania, num alegado golpe de Estado, conforme informou à Lusa, na ocasião, a Procuradoria-Geral da República de Angola. 

Um dos ativistas presos, Luaty Beirão, de 33 anos, está em greve de fome há 31 dias em Luanda. O rapper angolano esta internado numa clínica privada, devido ao estado de saúde débil.
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