Milhares de negacionistas violam confinamento para protestar nas ruas de Sydney - TVI

Milhares de negacionistas violam confinamento para protestar nas ruas de Sydney

  • Agência Lusa
  • CM
  • 24 jul 2021, 10:14

Manifestantes tentaram bloquear o trânsito em algumas das estradas mais movimentadas da cidade, havendo registo de alguns confrontos violentos

Cerca de três mil manifestantes protestaram, neste sábado, em Sydney, a cidade mais populosa da Austrália, contra o confinamento decretado devido à covid-19, violando a obrigação de permanecer em casa.

A polícia australiana deteve um número indeterminado de pessoas durante os protestos contra as medidas impostas para combater a pandemia, numa altura em que os casos têm aumentado diariamente, apesar do confinamento, decretado desde 27 de junho.

Os manifestantes, a maioria negacionistas sem máscara e sem cumprirem também o distanciamento físico, tentaram bloquear o trânsito em algumas das estradas mais movimentadas da cidade, havendo registo de alguns confrontos violentos.

Em comunicado, a polícia do estado de Nova Gales do Sul, cuja capital é Sydney, disse que "reconhece e apoia" o direito de reunião pacífica e de liberdade de expressão, mas precisou que o protesto violou as atuais ordens de saúde pública, afirmando que "a prioridade da polícia é sempre a segurança da comunidade em geral".

A autoridade sanitária regional detetou hoje 163 novos casos, o número mais elevado desde que o atual surto foi identificado, em meados do mês passado.

Em causa está a variante Delta, inicialmente identificada na Índia e mais contagiosa.

Mais de metade dos 25 milhões de habitantes do país estão sob medidas de contenção.

Sydney, com 5,3 milhões de habitantes, deverá estar confinada até 30 de julho.

As autoridades regionais mantêm também a população dos estados de Vitória e da Austrália do Sul confinada até dia 27.

A Austrália, que fechou as fronteiras em março de 2020, contabilizou pouco mais de 32 mil casos de covid-19 e 916 mortes desde o início da pandemia.

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