Mãe explica porque arrancou filho da manifestação em Baltimore - TVI

Mãe explica porque arrancou filho da manifestação em Baltimore

Toya Graham, em entrevista à CBS, conta que é contra a violência e que a única preocupação era zelar pela vida do filho

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A mãe que ficou famosa depois de tirar o filho encapuzado dos protestos violentos em Baltimore, nos EUA, deu uma entrevista à estação de televisão norte-americana CBS sobre o “puxão de orelhas” que deu ao jovem. Um "puxão de orelhas" que circulou pela imprensa internacional e que se tornou viral nas redes sociais em todo o mundo.

Toya Graham é mãe solteira de seis filhos (um rapaz e cinco raparigas) e estava a assistir, em casa, pela televisão, à fúria dos que protestavam contra a morte de um jovem de 25 anos, Freddie Gray, às mãos da polícia. Quando viu o filho, Michael, de 16 anos, a atirar pedras aos agentes de autoridade, nem sequer hesitou. Dirigiu-se ao local e, visivelmente zangada, tirou-lhe o capuz,  puxou-o por uma orelha, deu-lhe umas chapadas e levou-o para casa. “O que se passa contigo? Desaparece já daqui!”, gritou ao filho.

Toya Graham contou, na terça-feira, que teve uma reação imediata quando percebeu que o filho estava no meio da multidão de manifestantes.

 “Viro-me para a televisão, olho para a multidão e o meu filho está a vir do outro lado da rua com uma máscara. Naquele momento, simplesmente perdi o controlo”, disse Graham à CBS News.

Toya disse ainda ser contra a violência: “Fiquei chocada, zangada, porque não queremos ver os nossos filhos a fazerem isso.”


A mãe, furiosa, foi então à manifestação e agarrou o filho por uma orelha e esbofeteou-o. Mais tarde, revelou Toya Graham, o filho confessou-lhe que morreu de medo, já que conhece o temperamento da mãe, e que a primeira reação que teve foi querer fugir a correr.

Toya Graham foi filmada por uma multidão que estava na rua, mas afirmou que não se importou com isso no momento em que estava a admoestar o filho. A mulher disse que a única preocupação era tirar o filho do local, já que temia pela vida dele.

“É o meu único filho e no fim do dia eu não queria que ele fosse um Freddie Gray [jovem negro morto pela polícia de Baltimore]”, explicou. “Ele é um miúdo perfeito? Não, mas é meu”, concluiu.


Esta atitude de Toya Graham já lhe valeu o apelido de “mãe do ano” e os elogios sucedem-se. “No Facebook os amigos dizem ao Michael: não deves ficar zangado com a tua mãe, mas sim dar-lhe um abraço”, contou à CBS.




 
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