Mohamed ElBaradei: «Egipto está no início de uma nova era» - TVI

Mohamed ElBaradei: «Egipto está no início de uma nova era»

Nobel da Paz desrespeitou o toque de recolher e falou aos manifestantes que se concentram na praça Tahrir, no Cairo

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Mohamed ElBaradei, Nobel da Paz, desrespeitou o toque de recolher e falou aos manifestantes que se concentram na praça Tahrir, no Cairo. «O Egipto está no início de uma nova era», afirmou, dirigindo-se aos milhares reunidos no centro do Cairo para exigir a saída do presidente Hosni Mubarak.

Segundo a agência France Press, o prémio Nobel da Paz tinha chegado pouco antes, apesar do toque de recolher, na praça Tahrir, no centro do Cairo, onde estavam reunidos milhares de manifestantes que gritavam «O povo quer a queda do presidente» e «Sacrificaremos nossa alma e nosso sangue pela pátria».

«Peço-vos que tenham paciência, a mudança chegará», pediu o ex-director geral da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) aos manifestantes, que gritavam: «Vamos pelo bom caminho (...), a nossa força é o nosso número».

A Irmandade Muçulmana e outros movimentos da oposição egípcia encarregaram ElBaradei de «negociar» com o regime do presidente Hosni Mubarak.

Recolher obrigatório prolongado

O recolher obrigatório em vigor nas principais cidades do Egipto, incluindo o Cairo, será prolongado por mais uma hora a partir de segunda-feira.

O recolher obrigatório irá assim começar às 15:00 locais (13:00 em Lisboa), terminando às 08:00 (06:00), segundo o canal público, que precisou que esta decisão é da responsabilidade do «governador militar», isto é, o Presidente egípcio Hosni Mubarak.

Neste momento, o recolher começava às 16:00 locais.

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Esta tarde, vários caças sobrevoaram a capital egípcia a baixa altitude, conforme relatam os jornalistas da agência de informação francesa AFP, num dia em que milhares de manifestantes continuam a protestar no centro da cidade.

A praça Tahrir tem sido palco de confrontos nos últimos dias entre a polícia e manifestantes que protestam contra o regime do presidente Hosni Mubarak.

Milhares de manifestantes nesse local eram este domingo vigiados por um contingente militar que delimitou um perímetro em torno da praça, mas a atmosfera era menos tensa.

Mesmo assim, foram disparados vários tiros para o ar, segundo avança a Al-Jazeera, numa tentativa de intimidar os manifestantes e levá-los a abandonar a praça. Várias pessoas também foram detidas, mas ninguém parece disposto a deixar as ruas.
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